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Contos-->O PHIO DE OURO -- 29/01/2002 - 19:31 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A chuva estava intensa naquele dia, e a tarde já parecia noite.
Ninguém haveria de imaginar que sofia,filha de um pastor âustero, uma menina pacata, religiosissíma, pudesse ser tão mortal quanto as meninas da vila que a sua avó, D. Portuguesa, denominava de "raparigas de beira de praia".
Entretanto, contradizendo a escrita estava ela na praça, bem viva, no colo de um rapaz cabeludo e mal encarado aos beijos e abraços, profundos, profanos...
Era um calor, uma pressão que aos olhos dos malditos pareciam mesmo era quererem se livrar das roupas e ali, em pleno "paraíso" copular o ato.
A chuva desceu torrencialmente como a banhir aqueles despudorados ou diria jovens do novo tempo arretados. O fato que a menina se livrou dos "quebrados violentos", deu um papel escrito pro rapaz se conter e "rasgou no capoeral", como a aliviar a alma do fogo, naquela chuva ela seguia pulando e parando, de biqueira em biqueira, até adentrar em casa e jogar os cadernos no sofá, correndo em seguida pro banheiro sob os protestos de sua mãe e avó, que a queriam interrogar.
Quando saiu do banheiro as duas senhoras estava de plantão, mas a moça menina nem deu bola, sem dizer nada sem responder aquelas perguntas básicas, tipo:
- Onde você estava?
- Por que está chegando a essa hora? Venha aqui já! menina mal criada! Vou contar pro seu pai!
Foi pro seu quarto e de lá respondeu:
- Preciso estudar o vestibular já esta chegando!
Foi o suficiente pras duas senhoras se esbarrarem na porta do quarto e irem preparar o jantar, pois logo teriam que ir pro culto e esse compromisso ninguém podia faltar.
Por outro lado a menina inventava algo extremamente estranho,diria anormal pra um ser humano, mas pra um adolescente era bem capital.
Ela amarrou numa extremidade de um barbante, um sino, que ficara enrolado na cabeçeira de sua cama, e a outra ponta amarrada a um pau de picolé pintado com esmalte escuro, que ela tomou o cuidado de jogar pelas anteparas da vezeziana da janela do seu quarto que dava acesso a rua. Após esse artezanato, saiu do quarto jantou e segura em seu pai foram juntos ao culto, em companhia da mãe e da sua avó.
No outro dia, porém, D. Zulmira a senhora responsável pela lipeza tentou entrar em seu quarto e estranhou está trancada, chamou a mãe da garota e comunicou o fato que repreendeu a travessura, através de verbalizações, gestos e por fim, com a abertura do quarto com uma chave reserva. D. Zulmira entrou e viu a bagunça, detre tantas já vista, observou aquele fio que saia do sino e ia pra janela do quarto, se pondo lá fora. Achou esquisito,matutou,deu uma risadinha escarniosa, mas relevou.Como todo jovem é assim, deixou pra lá e terminou a limpeza.
Quando a menina chegou nem notou, pois estava tão desligada, diriamos apaixonada, diriamos compenetrada...
Por dias começou uma nova rotina, quando não tinha culto ela entrava no quarto cedo e de lá só saia pra jantar, em seguida se fechava e só de manhã. A mãe reclamava, a vó achava estranho, mas o pai não ligava e dava força pra menina.
Dada noite o guarda noturno, da congregação, sr. Raimundo Alair, pôs um cabeludo pra correr da janela da moça, foi aquele fuzuê, todos acordaram na vila, foi o assunto do mês, inclusive o Sr. Alair foi congratulado em público pelo pastor na congregação e teve um aumento na sua remuneração.
A menina ficou com cara de santo de pau ocô, mas quase ninguém notou, só D. Zulmira quando soube do fato, ficou com a pulga atrás da orelha e comentou com D. Laura, que concordava com tudo:
- Filha de gente importante é santa, as nossas é que não prestam.Então eu vou me calar, por que depois ainda pode sobrar pra mim!
D. Laura respondeu:
- É mesmo a corda só arrebenta no lado mais fraco Zulmira. Melhor tu te calar.
Vento em polpa, chegou o vestibular a menina andava com as feições pálidas,meio enjoada, mas tudo bem, era comum o fígado atacá-la, ela sempre foi cheia de problemas.
No dia do exame ela passou mal, desmaiou na escola e tiveram que levá-la pro hospital mais próximo, onde a família a encontrou. Estavam atribuindo o susto a tensão do vestibular.Inclusive até já compreendiam o seu resultado, assim dizia o convêncido paizão. Porém quando o médico da família chegou, olhou e disse:
- Ah Sr. Agenor, a sua filha não passou no vestibular, mas quero ser o primeiro a lhe dar os Parabéns, o senhor vai ser avó.
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