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Artigos-->Senhores da guerra -- 13/10/2004 - 11:30 (Carlos Luiz de Jesus Pompe) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os Estados Unidos são a única superpotência atual do planeta. Em defesa de seus interesses, usam sua poderosa máquina de guerra em qualquer parte, em qualquer país. Valem-se de expedientes militares, espionagem, domínio econômico, ideológico... Têm o maior orçamento militar do mundo.

Para ficar só no período posterior ao fim da União Soviética – sua grande rival no século passado –, os EUA realizaram a Guerra do Golfo, em 1991, contra o Iraque. Suas tropas desembarcam na Somália de 92 a 94. Em 99, bombardearam, via Otan, a Iugoslávia. Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington foram habilmente utilizados como argumentos para justificar a invasão do Afeganistão e do Iraque – responsabilizados (até hoje, sem nenhuma comprovação) por esses crimes.

O Iraque, onde a resistência nativa não pára de vitimar os invasores, é um dos temas freqüentes das eleições norte-americanas. Bush, do Partido Republicano, que pleiteia a reeleição e determinou as duas invasões, diz que o governo iraquiano sabia como fabricar armas de destruição em massa e poderia passar o conhecimento a terroristas (essa alegação também até hoje não foi provada e multiplicam-se indicações de que é mentirosa). Kerry, seu adversário pelo Partido Democrata, apoiou a invasão, diz que enviaria mais tropas ao país, mas defende que uma força da Otan, sob o comando dos EUA, assuma a responsabilidade pela segurança. Bush, que tornou o orçamento de Defesa o maior desde a Guerra da Coréia, na década de 50, pretende gastar ainda mais e quer que a primeira parte do sistema de defesa de mísseis fique pronta até o fim de 2004. Já Kerry pretende aumentar o efetivo das Forças Armadas e investir em novos equipamentos e não menciona o orçamento militar, além de dizer que se opõe ao sistema antimísseis.

Existem guerras justas e injustas. Não se trata de questão moral, mas política – quem chamaria de injusta a guerra dos Aliados contra os nazi-fascistas? Ou as guerras de libertação dos países africanos nos anos 60-70? Ou a atual resistência iraquiana?

Mas são injustas as guerras de dominação, de conquista, travadas para perpetuar a opressão e exploração dos povos (embora seus feitores jamais confessem seus desígnios e, pelo contrário, aleguem que estão indo livrar os povos dos países invadidos da opressão...). Quando se fala de guerras promovidas pelos EUA, no geral são este tipo de guerras que são referidas.

Os sucessivos governos estadunidenses – ora sob domínio do Partido Republicano, ora do Partido Democrata – envolveram-se em inúmeras ações bélicas no século passado. Países foram invadidos (em especial, latino-americanos, inclusive no século anterior), conflitos foram insuflados, conspirações patrocinadas.

A partir de 1945, depois que o governo norte-americano ordenou que duas bombas atômicas fossem despejadas sobre populações civis no Japão, teve início o que foi chamado de Guerra Fria, quando as duas potências principais, EUA e URSS, evitavam o enfrentamento direto. Após a criação do Estado de Israel, em 1948, armas e dinheiro norte-americanos foram direcionados para o Oriente Médio, com o intuito de criar ali um enclave favorável ao governo de Washington. Nos anos 50, os EUA intervieram na Coréia, já então dividida entre Norte e Sul. A partir de 1960, tropas estadunidenses tentaram ocupar o Vietnã, sendo expulsas em 1973.

Ao tratar da invasão da Rússia pelas tropas napoleônicas, ocorrida em 1812, no seu Guerra e Paz, de 1869, Leon Tolstói colocou em um de seus personagens, o príncipe André, estas reflexões:

“A guerra não é uma coisa graciosa, mas a mais horrível das atividades, e é preciso compreender isso para não fazer dela um brinquedo. É preciso aceitar séria e severamente essa terrível necessidade. Tudo está nisso. Repila-se a mentira, e a guerra será a guerra e não um brinquedo (...) A guerra, a batalha, tudo isto, é assassinato; os instrumentos da guerra: a espionagem, a traição e seu estímulo, a ruína dos habitantes, o saque e o roubo para alimentar os exércitos, o embuste e a mentira que são chamadas de astúcia militar”.

E pensar que estas palavras referiam-se a uma guerra de há quase 200 anos...





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