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Cronicas-->IV Semana Paulo Leminski em Araraquara -- 29/10/2001 - 19:50 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Começa, na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, a IV Semana Paulo Leminski, criada e promovida por alunos do Curso de Letras. Na abertura, logo mais às 20h00, uma palestra do jornalista Toninho Vaz, autor da polêmica recém-lançada biografia do poeta.

A caminho do hotel, perguntei a ele se o livro continua a dar muito pano pra manga. A resposta foi afirmativa e eu nem quis saber dos detalhes. Fica para logo mais. Diz ter pesquisado durante dois anos, deixando de lado o seu afazer principal como editor da revista Náutica. Quis saber dele quanto do que está no livro é pequisa e quanto é memória da vida vivida. O autor respondeu que se orgulha de o livro se constituir, em sua maior parte, da experiência vivida, da convivência de tantos anos com o poeta, com as surpresas que eram os seus telefonemas.

Toninho Vaz nasceu e cresceu em Curitiba. Hoje vive no Rio de Janeiro. "O bandido que sabia latim" realiza o esforço de "traduzir em palavras" a vida de um artista da palavra. Além das inúmeras revelações biográficas, do extenso material iconográfico e de momentos do nosso melhor jornalismo, o livro nos trás alguns inéditos do poeta: alguns poemas e um texto maravilhoso sobre o suícidio do irmão, também poeta, Pedro Leminski.

Para quem estiver na platéia, logo mais, uma surpresa, um presente: cerca de 20 minutos de imagens do poeta, com suas atuações (clip-poemas) no "Jornal de Vanguarda" da Band, num momento em que já havia deixado para trás boa parte do que fora a sua vida como homem comum. Em São Paulo, with a little help from some friends, Leminski ainda espalharia benefícios incontáveis. São reveladores os depoimentos da cantora Fortuna, da apresentadora Doris Giesse, dos poetas Ademir Assunção e Rodrigo Garcia Lopes, que são alguns dos bafejados pela convivência direta com o poeta.

Curiosamene, são do poeta Décio Pignatari algumas das poucas ressalvas, ele que achou conveniente negar o propalado domínio de vários idiomas por parte de Leminski, além de relativizar bastante sua importància como criador.

Para Toninho Vaz, Décio Pignatari, atualmente morador de Curitiba, parece ter assimilado os problemas da relação da cidade com o seu poeta de maior prestígio. Em Curitiba, a verdade é que existe Leminski. Depois dele, todos os outros.

Amanhã, terça-feira, o poeta Rodrigo Garcia Lopes (Londrina) faz um espetáculo com os poemas/canções do seu último lançamento (livro e CD).

O jornal O Imparcial lança um suplemento comemorativo, por ocasião desta IV Semana Paulo Leminski, com textos de diversos colaboradores. Entre eles, o nosso grande Lúcio Emílio do Espírito Santo Junior, com um texto que o usina já conhece: "Lendo Leminski (Caprichos & Relaxos)".

Na quarta-feira, acontece o lançamento do décimo primeiro número da Revista de Tradução Modelo 19, criada e editada por Ricardo Meirelles (mestrando em Estudos Literários na Unicamp e na Usp). A revista traz traduções dos mais variados idiomas e está aberta à colaboração dos interessados. Antes de ganhar sua versão online, ela pretende criar um esquema de assinaturas, que garanta a sua sobrevivência e a otimização da sua distribuição. Os interessados podem enviar e-mail para Ricardo Meirelles: . Qualquer outra informação, com este cronista, colaborador da publicação desde o início.

Toninho Vaz se diz impressionado com a presença de Leminski em Araraquara. Já detectou citações em paredes na cidade e por todo o campus. A existência da Semana Paulo Leminski dá bem a dimensão da influência desse poeta sobre algumas gerações de estudantes que por aqui passaram. Costumo dizer que, para um poeta pop, como o Leminski, ter seus versos espalhados pelos muros e paredes representa a consagração. Ele que, para o Jornal de Vanguarda, projetou uma homenagem, talvez a primeira na TV brasileira, a essa espécie pacífica de guerrilheiros urbanos, os grafiteiros. Mas isso, espero, também nos será dado a ver logo mais, no anfiteatro A, ao longo da palestra do jornalista e biógrafo Toninho Vaz, que muito nos honra com a sua presença. Agora desço ao subsolo, para assumir o meu lugar à mesa. Só posso estar muito entusiasmado. Não é sempre que se tem uma oportunidade como essa: privar com o autor de um livro que nos fez a cabeça.
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