Usina de Letras
Usina de Letras
277 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62174 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50578)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->O Ovo da Serpente -- 29/08/2004 - 20:23 (Magno Antonio Correia de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O norte-americano Stanley Gacek, histórico e importante dirigente da central sindical estadunidense AFL-CIO, estava no Chile quando o golpe de Pinochet ocorreu. Pouco tempo depois, em 1974, conheceu um então anônimo operário brasileiro, sem interesse pela política, sem vocação para o movimento sindical, mas que teria uma carreira meteórica no meio, transformando-se no líder que “desafiou” o regime militar, organizando uma estrondosa greve de metalúrgicos.



Preso pela ditadura, não se têm notícias de que essa pessoa tenha sido torturada pelos militares, que chegaram a deixá-lo sair do cárcere para visitar a mãe moribunda. O indivíduo em causa fundou um partido político e uma central sindical antes de chegar à Presidência da República nas últimas eleições realizadas no país.



Ainda na condição de presidente eleito, em dezembro de 2002, visitou os Estados Unidos. De manhã, foi recebido por George Bush. De tarde, por Stanley Gacek. Essa rotina se repetiu em junho e em dezembro de 2003. Em junho do ano corrente, voltou aos Estados Unidos, reunindo-se com o secretário do Tesouro e com o maior dirigente da OIT, entidade financeiramente sustentada pelo grande irmão do Norte.



Na Venezuela, a AFL-CIO é carinhosamente apelidada de AFL-CIA. Acusam o multicitado Stanley Gacek de ser o maior articulador dos que insistentemente tentam golpear o golpista Hugo Chávez.



Não simpatizo com o presidente da Venezuela. Os interesses que tentam derrubá-lo são por certo odiosos, mas não justificam sua conduta autoritária. O fracasso do socialismo real – inclusive em Cuba e na China – deveria tê-lo convencido de que esse não é o melhor caminho para alcançar a justiça social. Mas reconheço no caudilho venezuelano uma constrangedora distinção em relação ao nosso. Os presidentes do Brasil e da Venezuela se empenham em montar, sob o disfarce de processos aparentemente “democráticos”, uma estrutura de poder que respeita tanto os adversários quanto a que foi colocada à disposição de Adolf Hitler; o que os diferencia e me preocupa é que, ao que tudo indica, apenas um deles conta com o expresso apoio do Tio Sam. Deus nos livre se eu estiver certo.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui