A pipa
A pipa vai para o céu,
tingindo o espaço turquesa,
seu corpo de papel
ginga com doce tristeza!
A efêmera fantasia,
afasta os olhos da terra,
envolve-os em terna magia!
Confere-lhes belas quimeras!
Subindo para um encontro,
em lentos passos de dança,
aquele miúdo ponto
as nuvens fofas alcança.
E, deveras triste, fica
o guri pelos quintais,
chorando por sua pipa,
que não verá nunca mais...
maria da graça almeida
poema registrado na BN CBL
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