Caro amigo François
Tu és um cara imoral
E esse teu alcoolismo
Faz tu escreveres mal
Tua mão ta tremendo
O cérebro tá encolhendo
E tá sumindo teu pau.
Eu só te aconselhei
Para evitar o pior
Respondestes malcriado
Pra manezinho de Icó
Sendo tu meu amigo
Meu dever foi cumprido
Para não virares pó.
Eu não afirmei nada
Estava te prevenindo
Vieste com desaforo
Ainda foi atrevido
Deve ser embriagues
Da cana tu és freguês
Devias está dormindo.
Se cuida para dormir
Não exponha à bunda
Alguém pode te pegar
Pensar que é a Raimunda
Mesmo sem ter beleza
Podes ter a surpresa
Na meladeira imunda.
Mais uma vez te aviso
Deixa de ser cachaceiro
O vício vai te matar
Teu fígado irá primeiro
Larga da aguardente
Não é bebida de gente
Ouça bem companheiro.
Não tente jogar pra mim
Coisas que estás sofrendo
Eu só quero o teu bem
Vejo que estás morrendo
De tanto bebe ypioca
Tira gosto com paçoca
E teu corpo se fudendo.
Tu queres virar um nobre
Todo bebum é um conde
Esse título de nobreza
Coisa pior ele esconde
Essa prática não abono
Conde bêbum não tem dono
Se quiser te digo aonde.