Meu amigo François
Amante da cajibrinha
Enxuga feito esponja
Até come com farinha
Não dispensa a talagada
Bebe sempre a cipoada
Vive ingerindo caninha.
Troca pinga por mulher
Prefere outro prazer
Estando embriagado
Nada vai poder fazer
Se a mulher lhe oferece
Ele sempre agradece
Tá preferindo beber.
Se o homem bebe muito
Perde a noção da vida
Se entrega embriagado
Na existência perdida
Vai perdendo a razão
Se torna escravo do cão
A mulher fica esquecida.
Eu te comparo François
A um míssil tipo scud
Tendo sua potência
Que a si mesmo se ilude
Se acabando na cachaça
Nessa vida sem graça
Te alertar ainda pude.
Deixe logo esse vício
Antes que seja tarde
Se vicie em mulher
Sem fazer um alarde
Cana só dá desgosto
Ela envelhece o rosto
E algo seu logo arde.
Porque algo vai arder?
Como amigo explico:
Nada ainda aconteceu
Eu não gosto de fuxico
Se bêbado você cair
E em seguida dormir
Compromete o furico.
Bom você é um míssil
Bêbado e como mono
Perdendo toda noção
Deita e pega no sono
Como diz todo ditado
Se você tá deitado
Scud bêbado não tem dono.