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Artigos-->Reflexões Usineiras (7) -- 21/09/2001 - 21:08 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou visceralmente contrário a todo tipo de censura da liberdade de expressão. Mas, convenhamos, não vale a pena gastar saliva com esses pseudônimos (ou codinomes) que pululam no site. Se eles próprios não se fazem merecedores do nosso respeito, se não dignam a participar dos consensos básicos da convivência humana e literária aqui proposta, se não zelam pelo verdadeiro nome que os identificaria como pessoas capazes de responder pelo que escrevem, como haveremos de a eles nos referir, caso nos propuséssemos, em nome da liberdade humana de expressão, defendê-los?



Até que eles próprios se identifiquem e se revelem como pessoas, urge tratá-los exatamente como são: entidades incapazes de respeitar a liberdade dos demais. Só isso explica a covardia que norteia os seus gestos pseudo-escriturais. Ou seria justo nos deblaterarmos agora em nome de alguns nomes, por trás dos quais se supõem pessoas, sempre, mas que nunca nos ofereceram um tratamento digno da convivência meramente humana, para não falar da elevação que deveria marcar a nossa convivência de autores e leitores de um site literário.



Sou visceralmente contrário, repito, a todo tipo de censura da liberdade de expressão, dentro ou fora do âmbito literário. Mas cresci e habituei-me a conviver apenas com pessoas identificáveis, palpáveis, de carne e osso como eu. A virtualidade deste novo meio de comunicação, que é a internet, não deu e não vai dar cabo dos princípios e valores nos quais me pauto e que defendo. Não posso agora me posicionar em relação a não-existências, elas que, de resto, já tanto comprometeram, no site, o cultivo dos valores humanísticos, para não falar da forma inculta e grosseira como insistem em se fazer passar por autores literários.



Sobre esse indivíduo que se esconde por trás do codinome Napoleaum Bonaparte, a verdade é que para mim ele nunca passou de um nome do quadro de avisos , com toda a sua irrelevância. Nos últimos dias, achou de me dirigir e-mails, que, escaldado, tratei de deletar no ato e sem leitura. Sim, ele tem todo o direito e a liberdade de escrever o que bem queira ou entenda, sob o nome que escolher, onde se lhe tolerem os garranchos e defeitos de caráter, mas eu também tenho o meu direito e a inteira liberdade de não ler nada do que ele escreve e publica.



Por ter me referido a ele e a alguns outros dessa mesma laia em artigo recente, acabei, injustamente, atingindo a sensibilidade de alguns autores e leitores que respeito no contexto do usina . O Lúcio se diz farto dos "Napoleões de hospício". No meu artigo, eu falava em "Napoleões de fancaria".



Não fosse um e-mail que me enviou ontem o Magno Mello, nem conta me teria dado de que a entidade fora banida por um gesto (reprovável?) de censura dos organizadores do site. A entidade Napoleaum Bonaparte teria desaparecido como tantas outras, igual e merecidamente, do nosso horizonte (enormemente empobrecido) de expectativas. Às vezes, chego a supor que sejam todos a mesma pessoa. E até já aventaram a hipótese de ser eu, Zé Pedro Antunes, esse arquiteto da destruição da convivência no site.



Esse Napoleaum Bonaparte, um dia desses, nos informava sobre quem ele não é. Digamos que já seria um bom começo. Só que ele afirma não ser uma outra não-existência, igualmente irrelevante. E ei-los que se deleitam, todos, todo mundo e ninguém, à visão da sua irreversível nulidade, refletida em qualquer estilhaço de espelho com que se vejam brindados pelas viscissitudes de cada momento, excitados por uma imaginação perversa, numa brincadeira podre e sem graça.



Para evitar futuros traumas, parece que vai chegando o momento de os organizadores do usina (quem são, e por que razão somente alguns usineiros a eles têm acesso?) imaginarem uma outra forma de cadastramento, que requeira a identificação dos aspirantes, e isso é legítimo, como alguns já vieram dizer de público, impondo assim limites à covardia, à irresponsabilidade e ao desrespeito que vêm minando as nossas possibilidades de convivência.



E que os polemistas de plantão nos poupem de alguns discursos ingenuamente libertários ou francamente hipócritas. Entre tantos outros nomes de igual inspiração, o Sr. Napoleaum Bonaparte já fez o suficiente para não ser tratado como uma pessoa à altura dos ideais que, por culpa dele próprio e dos que com ele se afinam, já não norteiam, não podem (uma lástima irreparável talvez) nortear mais a nossa convivência. Acho que deveríamos, isto sim, lutar pela recuperação da liberdade que, por culpa deles, acabamos perdendo. Ou será que o leitor acha mesmo interessante viver na eterna dúvida sobre a identidade das pessoas com quem se comunica? Napoleaum Bonaparte é somente um nome, como ele mesmo quis, e somente um nome fica sendo, a ser esquecido, mais cedo ou mais tarde (haja!).



Sem ele (sem eles), com toda a certeza estaremos mais próximos da liberdade de expressão que agora, por conta do acontecido, alguns articulistas (que bandeira!) agitam como se fosse a bandeira de uma causa (mas qual?) que nos unisse.



E isto num momento em que a humanidade, como um todo, vive a expectativa dos desdobramentos, provavelmente terríveis, de uma sucessão nunca vista de atos de anônima covardia.
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