Um tarólogo predisse o resultado do jogo entre o Brasil e a Argentina. Houve erros e acertos, mas prevaleceram os erros.
No momento do jogo, até pensei que o tarólogo estivesse acertando, porque tive uma impressão de ele ter dito que a Argentina faria o gol primeiro. Já quase no final, o placar em um a um, parecia que ele estivesse acertando mais uma.
A Argentina fez o segundo gol, já quase no final do jogo. Pensei já não haver mais chance de alteração do placar e fui conferir a matéria do jornal pela internet. Quando abri a página do Jornal Nacional, ouvi muitos gritos nas proximidades no bairro. Corri para diante do TV, o Brasil havia empatado no último segundo. Esperei os pênaltis, que resultaram em vitória do Brasil, e retornei ao computador.
Eis a previsão:
"Já que todo mundo diz que vai ganhar, que tal a gente ouvir quem costuma prever o futuro? "Com um espião atrás de mim", conta o repórter José Roberto Burnier, "decido consultar as cartas de Tarot". O Brasil marca primeiro, diz o tarólogo. Depois, há uma briga entre os jogadores e a Argentina empata. O jogo termina um a um. A decisão vai pros pênaltis e o Brasil ganha. O repórter gostou, mas o espião argentino, não. "Depois do jogo, vamos conversar amigo", convoca ele." (Jornal Nacional, 24/07/2004.
Resultado:
1. NÃO o Brasil, mas a Argentina marcou primeiro.
2. Ocorreu o empate, mas em dois a dois, NÃO "um a um".
3. Uma briga, algo difícil de faltar em jogo do Brasil com a Argentina, até começou, mas NÃO antes, sim após o empate, que foi conseguido pelo Brasil, NÃO pela Argentina.
4. Aí deu certo: nos pênaltis, o Brasil ganhou.
Se ele tivesse sido menos ousado, apenas dizendo que o Brasil ganharia nos pênaltis, iria ficar famoso.
Esta foi uma previsão das mais aproximadas do resultado que já ouvi, mas ainda com mais erros do que acertos. É assim que todos vêem o futuro. Se eu for jogar uma pedra no meio de uma multidão, tenho bastantes chances de acertar se prever que ela pegará em alguém.