A mesma sombra errante, persistente,
Que insiste em ser minha acompanhante.
Essa noite seguiu-me novamente,
Pêlos caminhos de uma insônia angustiante.
Perguntei, então, aquele ser inquietante,
"Em que galáxia, em que nuvem tu te escondes?"
Não te vejo, e estás comigo a todo instante.
Quem és tu ? Porque não me respondes?"
E uma voz bem doce respondeu-me assim:
"Quem ama, jamais pode viver sem mim,
Aonde houver tristeza, eu me farei presente!
Eu sou a saudade, irmã da solidão
Quero apenas habitar teu coração
Sempre que o teu amor se achar ausente."
(Paulo Fuentes
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