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Poesias-->SEUS SEIOS -- 19/02/2002 - 02:10 (Wilson Coêlho) |
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Ela me perguntava como seus seios
Apareciam em minhas mãos.
E eles surgiam nus, proeminentes
Como duas montanhas
Pregadas sobre seu peito
Rasgando o dossel de meus anseios.
Vieram como quem nada quer
E se alojaram em min
Feito duas labaredas
De um fogo que lambe ao léu
Feitiço de mulher.
Mas ela mesmo sabia
Que na cavidade de minhas mãos
Caía o mundo de seus seios
Para trazê-los à minha boca
E em silêncio
Desenhar o prazer
dos contornos.
Ela me perguntava como seus seios...
Mas dentro dela
Eu estava fora de mim
E quando quis ouvir se eu sabia
Dos sonhos que me enlaçavam
Respondi como numa confissão:
- Sei-os!
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