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Artigos-->EUA: culpa ou inocência? -- 17/09/2001 - 10:06 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tenho que confessar: a primeira e única vez que li “O Manifesto Comunista” foi em 1993, quando insistia em cursar Ciências Sociais na UFPª. Eu e minha equipe tínhamos que fazer uma resenha do livro. Confesso também que o pouco daquilo que consegui compreender dos pressupostos marxistas, pelo fato de ter lido uma única vez, deixou fortes impressões em minha consciência, à época me fazendo entender como a economia, especialmente a posse dos meios de produção e a posterior acumulação da riqueza, determinavam no decurso da História diferenças no modo e qualidade de vida entre as classes sociais, levando-as a viver numa eterna “luta de classes”.



E jamais conclui, como seguidamente têm afirmado os inimigos do comunismo, que naquele pequeno livro estavam as sementes de um fruto que cresceria à medida em que crescessem também as injustiças sociais no mundo: o ódio contra os ricos. Nem que Marx e Engels afirmavam que a revolução do proletariado fosse essencialmente bélica.



Será que me equivoquei nessa análise? Seria possível uma revolução, no sentido em que “O Manifesto...” prega, sem o concurso das armas e de milhões de mortos?



Mesmo que o pensamento de Marx não fosse exatamente esse, os que tentaram implantar o comunismo nos países onde a revolução ocorreu lançaram mão das armas, e milhões de vidas foram eliminadas.



Será que por terem os experimentadores daquilo que só em teoria se pensou optado pela imposição do regime à força, pelo que todos os que a ele se opunham morreram, pode-se concluir que o comunismo é a raiz do ódio que os seguidores de Karl Marx nutrem contra o capitalismo, e em especial contra os Estados Unidos?



Tais questionamentos se devem ao fato de um dos maiores defensores do capitalismo, e por tabela dos EUA, Olavo de Carvalho, ter afirmado que o fundamento do ataque terrorista às Torres do WTC e ao Pentágono ser o ódio contra os americanos suscitado e alimentado em nível global por grupos “monopolistas”, meia dúzia de fortunas que atentam contra o liberalismo, os quais financiam a propaganda comunista no mundo. Segundo ainda o citado apologeta do capitalismo, os EUA são a maior vítima da Nova Ordem Mundial, que nada tem de injusta no sentido da exclusão ou opressão contra os países pobres, senão que, de forma insidiosa, ruma para uma forma de ampliação do conflito entre a liberdade que caracteriza o capitalismo e a barbárie anti-democrática do comunismo.



Como notam os leitores, por essa análise o comportamento dos EUA é totalmente inóquo, ou melhor, imparcial e desinteressado na configuração sócio-política-econômica que toma curso no mundo, e todos os conflitos que a partir dessa Nova Ordem Mundial são gerados nada têm a ver com a ingerência norte-americana nos assuntos dos demais países. A dispusta por território entre Israel e a Autoridade Palestina, na qual os EUA apóiam umbilicalmente a Israel, são uma prova incontestável de que alguém anda mentindo, e muito.



Ou estamos todos loucos e somos todos idiotas, ou a História dará a Olavo de Carvalho o título de o homem mais sábio e inteligente de todos os tempos, que livrou a Humanidade -- depois de esgotar todas as suas forças contra o comunismo, e no campo oposto, exaltar ad nauseum as conquistas capitalistas comandadas pelos EUA, -- do ódio que a destruiria fatalmente.



E eu que pensei que os ricos odiavam os pobres!!!

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