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Teses_Monologos-->Eram mesmo melhores as drogas antigamente -- 06/11/2001 - 17:26 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao reler um daqueles textos típicos da contracultura dos anos 60, uma pergunta me toma de assalto:

"As drogas eram mesmo melhores naquela época?"

Alguém poderia responder na bucha:

"Azar de quem não tragou!"

"The dream is over", decretou John Lennon. E Gilberto Gil endereçou a tradução brasileira do decreto famoso a: "quem não dormiu no sleeping bag e nem sequer sonhou".

Repito: "As drogas eram mesmo melhores naquela época?"

Como explicar a certos alunos nascidos em pleno pós-qualquer-coisa que Roberto Carlos e as jovens tarde de domingo já representaram severa ameaça à fé católica, a títuto de exemplo? Só não sei se maior do que a representada pelo festejado lançamento do CD do Padre Marcelo Rossi em homenagem aos reis, digo, ao Rei do Iê-Iê-Iê".

A conferir, este DVD que está nas bancas, orgulhoso por nos trazer 15 canções de John, Paul, George and Ringo. Ontem mesmo alguém me lembrava que "Sargent Peppers" foi gravado num estúdio de [nesse momento, fiz a minha melhor cara de espanto, sei lá, acho que consegui] quatro canais.

Repito: "As drogas eram mesmo melhores naquela época?"

E sempre haverá quem acredite que Caetano Veloso se vendeu ao... como é que se diz mesmo?... ao Sistema. E que a Yoko foi, elazinha, a responsável pela separação dos quadro fabulosos de Liverpool. E que os caras eram the fool on the hill meeeeeeeeesmo. De pedra. De pegar com a pinça, como dizia uma grande amiga vinda dos Pampas para München.

De München se diz: "Eine Stadt mit Herz". Traduzo: "Uma cidade com coração", que não soa lá grande coisa. Voltemos ao alemão: as aftas dóem e as hemorróidas idem.

A mãe, extremamente grávida, pergunta ao menino se preferia ter um irmãozinho ou uma irmãzinha. O menino reflete um instante, para disparar certeiro: "Se não fosse doer muito para a senhora, eu ia preferir era um pônei".

Insisto ainda: "As drogas eram mesmo melhores naquela época?"

"Não importa a realidade que é reproduzida com palavras. Importa, isto sim, a realidade que pode ser produzida com e pelas palavras." As aspas são para mim mesmo, porque reproduzo de memória apenas algo que li num dos diários do austríaco Peter Handke.

E ele mesmo continua dentro das minhas aspas: "Aquilo que já foi um belo conteúdo de vida, não passa hoje de uma forma de vida." E agora, sou eu mesmo: "... não passa, lamentavelmente, de um meio de vida". É bem pior.

Torno a inquiri-los: "Eram mesmo melhores as drogas antigamente?"

[Não foi possível concluir hoje. Nos vemos na edição seguinte.]
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