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Artigos-->Atentado violento ao poder - II -- 13/09/2001 - 12:33 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma das americanas que presenciaram os episódios de terça, 11, disse que os EUA deveriam reagir com amor aos atentados. Já a grande maioria de seus compatriotas, ávidos por vingança, opina que a honra americana deve ser resgatada com o massacre dos terroristas, e, se possível, dos habitantes de seu país de origem.



A vingança é um dos mais fortes e irrefreáveis sentimentos humanos. E tem sua característica principal na tendência de o ofendido ter satisfeita sua vingança, aplacada sua ira, tão somente pela punição a maior de quem o ofendeu. Exemplificando. Se um homem desferir um soco no rosto de um desafeto, este não se dará por satisfeito enquanto não desferir dois, e assim por diante. Ninguém se contenta em dar o troco na exata medida do dano sofrido; tem que infligir um dano maior, mais profundo e significativo.



E todos os discursos, seja das autoridades americanas seja de líderes de outros países em solidariedade aos americanos apontam para essa direção. Os EUA têm que dar uma resposta militar à altura do atentado sofrido. Uma dura resposta aos “atos irregulares de guerra” de que foram vítimas indefesas.



É interessante esse conceito de “guerra irregular” em referência ao atentado. Dá a impressão que a guerra “regular” é aquela com dia, hora e local previamente definidos, amplamente divulgados pela mídia, para que a população a acompanhe com ávido interesse. Será que o ataque a Bagdá, naquele teatro armado para as televisões é o que se pode designar de “guerra regular”? Ou foi regular porque se tratava de uma ofensiva em defesa (contradição de termos irresistível) dos interesses americanos?



A meu ver, a única diferença entre os episódios que culminam nas mortes de pessoas, civis ou militares, nas guerras “regulares” e nas “irregulares”, é que, no primeiro caso, os inocentes que não têm nada a ver com a loucura de seus líderes podem ter alguma remota chance de se prevenir. Se eu sei que o país vizinho vai lançar bombas na minha cabeça, terei que encontrar uma forma de me proteger, de me esconder nas cavernas, de me enterrar nos subsolos, etc. No atentado isso não ocorre; ninguém será avisado do dia e hora em que os terroristas cometerão suas loucuras. E por isso não há como se defender, fugir das bombas, das balas, dos estilhaços das explosões.



Resumo da ópera: matar pessoas com hora e local definidos pode, de surpresa, não!

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