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Artigos-->Renuncie Senhor pinguço Lula -- 23/05/2004 - 22:33 (x) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Volte para o Bar beber + pingas e deixe o Brasil em paz!!!!!!!Estado, corrupção e Waldomiro



Ipojuca Pontes relata como o episódio envolvendo Waldomiro Diniz é mais um exemplo que demonstra supremacia do governo sobre a vida nacional.



© 2004 MidiaSemMascara.org





Depois de dois meses da divulgação das fitas em que aparece negociando benesses oficiais com um explorador de jogos lotéricos em troca de ajuda financeira para campanha eleitoral dos candidatos de partidos estatizantes (PT, um deles), Waldomiro Diniz, o ex-subchefe da Casa Civil, depôs na CPI da Loterj, no Rio de Janeiro, tomando a cautelosa iniciativa de comparecer à Assembléia Legislativa com um habeas-corpus preventivo no bolso.



O ex-assessor parlamentar do Planalto mostrou-se humilde e cerimonioso, tratando todos por “Vossa Excelência” e “Nobre Deputado”, a ponto de despertar a comiseração de alguns inquiridores. Waldomiro chorou, como sempre, e lá pras tantas revelou que pediu propina de 1% (sobre o bruto da contribuição) apenas para ajudar um “amigo”, Armando Dilli, que já morreu e trabalhava com o próprio Waldomiro na Loterj. Num ato de contrição, o ex-assessor informou que “cometeu um pecado”, seguramente venial, quem sabe, para ele, a ser resolvido com uma ave-maria.



Dois aspectos chamam atenção no depoimento de Waldomiro Diniz: 1º) Sua esmerada elegância, acentuada pelo uso de terno bem cortado, sóbrio e escuro, gravata e colarinho impecáveis, cabelos aparados e bem penteados (parece generalizar-se, em tais casos, uma constante ao que tudo indica compensatória: quanto mais sujeira transpira a alma do “pecador”, mais imaculada é a sua presença física). 2º) O amigo por quem Waldomiro diz que sacrificou a própria honra e cometeu pecado, (Dilli), era um “amigo” estranho, pois o acusado o conhecia de data recente, não compartilhava com ele vida social ou afetiva, a relação entre ambos se limitando aos interesses lotéricos (parceiro, seria a condição mais adequada).



O presidente da CPI da Loterj, Alessandro Calazans, diante da inconsistência do depoimento, propôs uma sessão de acareação entre Waldomiro e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a ocorrer quem sabe na próxima semana, na esperança de que “do confronto surja uma verdade maior”. Ao contrário do que pretende o governo, o caso Waldomiro não está encerrado e, a cada dia, alastra-se como uma espécie de “CPPI” (Comissão Parlamentar Popular de Inquérito), a inquietar o inconsciente coletivo nacional.



Embora não seja exclusivo, o “Propinoduto Waldomiro” é um fenômeno típico do “Estado Forte” - o estado que amplia em proporções inabordáveis a regulamentação e o sistema tributário, para ativar, de forma automática, junto às empresas privadas, pela fiscalização punitiva, o agenciamento de “contribuições” e propinas milionárias. Na extinta URSS, por exemplo, nada se movia sem a instituição do “propinoduto”. A simples aquisição de um atestado de óbito gerava dividendos “por fora”. No Brasil (reconhecido, hoje, como uma “república popular”), onde praticamente todos os recursos estão nas mãos do governo e nada se faz sem o seu aval, a supremacia do Estado se impõe de tal modo que, salvo exceção, ninguém quer estar fora dele e a maioria só aspira uma boa “colocação” ou mesmo uma “boquinha” no governo.

Ou estou enganado?





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