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Artigos-->Lula gatuna recursos dos hospitais militares -- 23/04/2004 - 15:14 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como Lula Boeing da Silva operou seu terçol no Hospital Geral de Brasília (HGeB), que pertence ao Exército, eu pergunto:



Lula é militar? Contribui para o Fundo de Saúde do Exército (FUSEX)? Se não contribui, por que teria direito a usufruir de um serviço pelo qual não paga nenhum centavo?



Tá bem, Lula Boeing é o Comandante-em-Chefe das FA (e do MST), tem lá algum direito, embora nem reservista seja, ao que eu saiba. Se até o facínora Fernandinho Beira-Mar teve atendimento VIP no HFA, por que o Comandante não poderia ser atendido no HGeB?



O que importa mesmo é saber que Lula tem um grande parcela de culpa pela penúria por que passam os hospitais militares – a começar com o Hospital das Forças Armadas (HFA), que há muito está na UTI, quase no IML (veja “HFA na UTI”, de minha autoria, em www.midiasemmascara.org). Por quê? Simples: ano passado, Lula reteve no pote do ministro Margarina, quero dizer, Mantega, mais de 300 milhões de reais, provenientes dos fundos de saúde dos militares. Para quê? Não sei direito, talvez para que pudesse fazer o maior número de viagens pelo exterior. Até chefes terroristas, como os da Síria e da Lívia, Lula foi fazer uma visita de beija-botas. Enquanto verbas são desviadas para acomodação da patota petista, que cada dia cresce de número (Lula pretende criar mais 40 mil vagas para a gafanhotada), e para as viagens turísticas do Comandante, o HFA não tem aparelhos essenciais, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, nem consegue reativar a dezena de centros cirúrgicos desativados para a construção de uma filial do INCOR (dos 12 centros cirúrgicos originais, hoje só funcionam 2 ou 3). Depois de quase 2 anos de obras em 2 andares do prédio principal do HFA, para o tal INCOR, resolveu-se construir um prédio novo para tal fim. Ou seja, além de dinheiro jogado fora, os centros cirúrgicos nunca mais voltaram a funcionar. Há casos em que até coronéis (imagine o que acontece com a soldadesca!), com membros fraturados, são obrigados a esperar, hospitalizados, vaga para cirurgia... “Isso é uma vergonha” – diria Bóris Casoy.



Quem está fazendo a festa são as clínicas particulares, conveniadas com os fundos de saúde militares. A curto prazo é uma boa saída para os militares e seus dependentes, pois sem esse serviço não poderiam fazer exames essenciais, já que os hospitais militares quase viraram sucata, sem equipamentos, e quando os tem, estão quebrados. Porém, a médio e longo prazo é uma estultice sem tamanho, pois os fundos de saúde (isto é, as Forças Armadas) pagam 80% dos custos (os militares pagam 20% dos custos), e, assim, em alguns anos, os hospitais militares poderiam comprar vários aparelhos sofisticados hoje em falta, como ressonância, tomografia e ecografia. É como aluguel: um dinheiro que nunca mais volta. “Uma vergonha!”



Quando terá fim esse desperdício de dinheiro e essa falta de respeito total para com os militares e seus dependentes, já que o dinheiro que os militares da ativa, aposentados e pensionistas (das três Forças) contribuem para o Fundo de Saúde (3,5% dos vencimentos) seria suficiente para resolver a situação calamitosa, não fosse a criminosa interferência do Governo, que gatuna nossos recursos?









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