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Teses_Monologos-->Padre Quevedo: “Vida após a morte” (Veja, 11/05/2005) -- 18/12/2005 - 21:36 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Padre Quevedo concede entrevista a propósito da reportagem de capa “VIDA APÓS A MORTE”, publicada na revista VEJA, em 11 de maio de 2005

Recebemos perguntas de numerosos internautas. Escolhemos as perguntas tal como formuladas pelo Boletim Informativo da Paróquia São Luís Gonzaga (Avenida Paulista, 2.378 – CEP 01310-300). Mas qualquer outra revista, jornal etc. fica autorizado à divulgação:

“Padre Quevedo, a edição da VEJA de 11 de maio de 2005 trouxe uma matéria especial intitulada ‘Vida após a morte’, e tem como subtítulo ‘Por que é tão forte a crença na reencarnação e na comunicação com os mortos’. No corpo do artigo encontramos afirmações como ‘De acordo com o IBGE, 74% dos brasileiros declaram-se católicos e a doutrina da Igreja Católica não concebe a comunicação entre mortos e vivos. Na prática, boa parte deste contingente católico também dirige sua fé para o espiritismo’. Por outro lado frei Luiz Carlos Susin, professor de teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, diz no mesmo artigo: ‘A doutrina católica não ensina aos fiéis o modo de lidar com a dor que os mortos deixam nos vivos nem explica as injustiças da vida. O sucesso do espiritismo deriva justamente dessa capacidade’”.

“Gostaríamos de perguntar: O que o senhor acha da reencarnação?”

Absurda. Toda geração é na mesma natureza dos seus progenitores. Os coelhos geram coelhinhos; a rosas, rosinhas... Os seres humanos não gerariam um homenzinho, senão somente um corpo, sem espírito?! A alma espiritual viria de fora?

A alma humana seria uma amalgama de milhares de personalidades, até inimigas dos pais, inclusive as mais perversas?!


Se “todos nascemos para pagar os pecados de vidas anteriores”, um bebê, especialmente se doente ou pobre, teria o “espírito” de um canalha?! (Frequentemente ponho “espírito” entre aspas, porque não há “espíritos desencarnados”, senão pessoas (corpo e alma espiritual) vivas, e pessoas ressuscitadas). Os espíritas, repetindo Allan Kardec com referência aos bebês, dizem que “Deus lhes dá esse ar de inocência para que os pais não fiquem estarrecidos perante um ‘espírito’ perverso”. Então, além de tantos outros, ainda o disparate de que Deus seria um grande mentiroso!!!

Mahatma Ghandi proibiu pregar a reencarnação na Índia, porque “os Brâmanes não podem ajudar aos parias, há que deixá-los a todos na miséria, na doença, na pobreza... Uns e outros têm que cumprir o seu bom ou mal carma”!

A madre Teresa de Calcutá e todos os que trabalham em hospitais, orfanatos etc. seriam malfeitores porque não deixariam cumprir o “carma” dos pobres, dos doentes, dos desamparados...

E se “as doenças, dor... são castigo de vidas anteriores”, as plantas e os animais defeituosos, acidentados, vítimas do homem ou de outras plantas e animais estão também pagando por anteriores reencarnações? (o que chamam metempsicose).


A imensa ignorância dos reencarnacionistas chega ao paroxismo de considerar “destino” as imprudências, acidentes, erros, mau uso da liberdade, leis da hereditariedade...

O cúmulo: Jesus Cristo, os mártires, os heróis... teriam espíritos de malfeitores?! E (para os espíritas): Chico Xavier foi doente a vida toda; tinha, portanto, um espírito grandemente perverso?

Etc., etc.: Tudo absurdo. Como concluíram os melhores especialistas: “A doutrina da reencarnação é a maior idiotice que a imbecilidade humana conseguiu imaginar”. Sem fanatismo ou lavagem cerebral, só um imbecil absoluto pode acreditar na reencarnação.

Pergunta: “O que o senhor acha da afirmação do frei Luiz Carlos Susin?”

Erradíssima. Tão errada, que suspeito que seja tergiversação do repórter da VEJA, ou que não entendeu.

A doutrina católica ensina que Deus permite o sofrimento para colaborarmos com Jesus Cristo na Redenção do mundo. “Não tem comparação possível os sofrimentos desta vida com a futura glória que se manifestará em nós” (Rom 8,18), conquistada colaborando com Cristo na Redenção até com o heroísmo dos mártires.

Como amplamente explicava Leiniz: se este mundo fosse melhor, seria muito: não haveria caridade, paciência, progresso... O sofrimento nos desapega deste mundo tão passageiro, lembra-nos que o realmente importante é preparar-nos para a eternidade...


O catolicismo ensina que cada qual terá a purificação (purgatório), o prêmio (céu) e o castigo (inferno) segundo seus próprios merecimentos; não outra pessoa e sem saber o porquê, como seria no absurdo da reencarnação.

Pergunta: “O que o senhor acha da comunicação com os mortos?”

A Parapsicologia nasceu precisamente para estudar essa pretensão dos espíritas. Acabaram com ela. Muitíssimos argumentos. Por brevidade apresento só um: A Parapsicologia demonstrou a existência da faculdade PG (as primeiras letras gregas de Psico-Gnose, conhecimento psíquico), que o povo costuma unificar no termo telepatia. Mas é sempre conhecimento de vivos sobre vivos e no âmbito da Terra.

Pode adivinhar-se, espontaneamente, qualquer detalhe conhecido pelo avô (ou mais recente, pelo pai) ou qualquer contemporâneo do avô (ou do pai): Retrocognição. Como também pode adivinhar-se, espontaneamente, qualquer detalhe conhecido pelo neto (ou, menos distante, pelo filho) ou qualquer contemporâneo do neto (ou do filho): Precognição. É o prazo curto, vital, existencial, relação psíquica... Tem muitos nomes, porque está muito bem estudado, de todos os ângulos, por muitos especialistas.

Ora, o mundo está cheio, por exemplo, de hieróglifos dos antigos egípcios, dos maias, dos etruscos, dos persas, dos incas, dos astecas..., que nenhum egiptólogo, nenhum arqueólogo conseguiu decifrar. Perguntem aos “espíritos” dos mortos! Allan Kardec e a sarta dos seus seguidores afirmam que “ao reencarnar se esquece o que aconteceu em outras vidas, mas que, após a desencarnação, se recuperam todos aqueles conhecimentos anteriores”. Então, adivinhem alguma coisa que os vivos não saibam dentro do prazo existencial. Perguntem a algum desencarnado daquelas épocas! Podem reunir todos os médiuns do Brasil...


E sempre na Terra. Allan Kardec, Leão Denis etc., “para convencer aos céticos”, e o repetia ingenuamente Chico Xavier, afirmaram, como se fosse comunicação dos “espíritos” dos mortos, que “Marte não tem nenhum satélite e que Júpiter tem dois”. Hoje sabemos que Marte tem dois, Deimos e Fobos. E Júpiter tem 20; alguns, como Ganímedes, Io, Calixto, Europa..., maiores do que a nossa Lua. Que “Júpiter é uma eterna primavera”. Sim, 140 graus abaixo de zero! E muitos outros erros descomunais. Nunca os pretendidos “espíritos” mostraram saber mais que os vivos na Terra e no prazo existencial.

Se para qualquer fenômeno de efeito físico “os ‘espíritos’ dos mortos necessitam os corpos dos médiuns”, mais motivo para atribuir tudo aos vivos, que já têm o próprio corpo. E os “espíritos” dos mortos para agirem sobre o médium precisariam de outro médium, e de outro, e de outro...!

Por exemplo, numa casa “mal-assombrada”: Afastemos todas as pessoas a mais de 50 metros, depois de haver colocado máquinas de filmar e de gravar automáticas, olhemos com binóculos... Há 40 anos que lancei e mantenho o desafio (desafio é o único que segura os fanáticos). Evoquem todos os “espíritos” dos mortos, reúnam quantos médiuns possam, mesmo que fossem todos os médiuns do Brasil e do mundo: Aposto 10.000 dólares contra só 1.000, a cada um, se surgir naquela casa qualquer fenômeno “espírita” (parapsicológico) de efeito físico!

Pergunta: “Uma ex-jogadora da seleção brasileira de basquete é espírita. Conta ela que em 1999, durante uma sessão de massagem, a profissional que a atendia passou mal e saiu da sala. ‘Quando voltou tinha nas mãos uma carta psicografada com uma mensagem de meu pai’. O que é esse fenômeno da carta psicografada?”


Divisão da personalidade, automatismo... Fenômenos como a psicografia, além de espontâneos, são também facilmente provocáveis, por exemplo, na hipnose. A famosa ex-jogadora de basquete, a Magic Paula, pelo visto ficou muito impressionada porque “aquela psicografia era com o estilo... do pai”. Quantas mães, na nossa clínica, quando lhes digo que não foi o “espírito” da filha que se comunicou por psicografia, ou numa visão, ou em sonhos, ou num centro de Espiritismo, reclamam até asperamente:

-- “Eu sou a mãe. Ninguém melhor do que eu para julgar da voz, letra, fisionomia, roupa, modo de caminhar, conhecimentos... da minha filha”.

-- Senhora, quanto mais se parecer à sua filha, mais prova de que não é a sua filha. É a voz que tinha quando viva, agora, ressuscitada (e mais absurdo como “espírito desencarnado”) não tem voz nem laringe. É a letra que tinha quando viva, agora não tem letra nem caneta. É a fisionomia, roupa, modo de caminhar quando estava viva. Os conhecimentos que tinha em vida, os “espíritos” nunca revelam alguma coisa desconhecida dos vivos no prazo existencial. Etc.

Quanto maior identificação, maior falsidade. Como se formula em Parapsicologia: “Não é identificação DE, senão identificação COM”. Projeção, adaptação, identificação do vivo COM o morto quando estava vivo. Vivo com vivo. “Não é o ‘espírito’ do morto que desce, é o espírito (psiquismo) do vivo que sobe”.

Pergunta: “E as psicografias de Chico Xavier?”

Chico Xavier só psicografava em português! Um “espírito” que não soubesse português não tinha chance com o “Papa” do espiritismo brasileiro (Menos um truque claríssimo em que psicografou umas alíneas em inglês com letras como se fossem em espelho). Dizia que seu principal “espírito” guia era Emmanuel, senador romano do tempo de Cristo.


Sarta de disparates. A palavra Emmánuel, com acento tônico na letra A, não existe. É Emmanuél, Manuél, Gabriél... com o acento tônico na letra E. Emmanuel significa Deus conosco: é um nome cristão com referência a Jesus Cristo. Ora, no tempo de Cristo o cristianismo não tinha chegado a Roma, nenhum senador romano podia chamar-se Emmanuel. E como é que Emmanuel, senador romano, “incorporado” em Chico Xavier, não falava nem entendia nem sequer uma palavra em Latim?

Fundado e dirigido por Chico Xavier, o “Centro Espírita São Luiz Gonzaga, rei da França” cai em contradição no próprio nome: Identifica São Luis Gonzaga, jesuíta do século XVI, com São Luis Rei da França, do século XIII. Todos os “espíritos” de mortos seriam tão incultos como Chico Xavier?

Monteiro Lobato deixou em envelope lacrado e sem comunicar a ninguém, uma “senha” com o Dr. Godofredo Rangel (diretor dos jornais “O Dia” e “A Noite”, do Rio de Janeiro), e mais uma senha com Dona Ruth Fontoura, de São Paulo (Biotônico Fontoura): “Se eu puder me comunicar, colocarei a senha; se ela não aparecer, é falsidade do médium”. Chico Xavier (e outros médiuns) psicografou como se fosse Monteiro Lobato, mas não apareceu nenhuma das duas senhas...

Esta experiência da senha já havia sido feita em Parapsicologia milhões de vezes (sem exagero), com parapsicólogos, hospitais, nas duas últimas guerras mundiais... NUNCA apareceu a senha! Como diz o slogan da Parapsicologia “Do além para o aquém não volta ninguém!”

Pergunta: “Pode um católico ser ao mesmo tempo espírita?”

O espiritismo nega todo o catolicismo: a divindade e a messianidade de Cristo, a Redenção, o perdão dos pecados, a Eucaristia, a Ressurreição, o Papado etc. O espiritismo é, essencialmente, anticatólico.

Os líderes do Espiritismo ao fazerem propaganda do espiritismo-cristão pretendem simplesmente enganar o povo por sem-vergonhice, ou fanatismo absurdo.


Deus diz na Bíblia que ABOMINA a pretensão do espiritismo: “Quando entrares na terra que Iahweh, Deus, te dará, não aprendas a imitar as abominações daqueles povos. Que em teu meio não se encontre alguém (...) que faça pressagio, oráculo, adivinhação ou magia, ou que pratique encantamentos, que interrogue espíritos ou adivinhos, ou que evoque os mortos, pois quem pratica essas coisas é abominável a Iahweh, e é por causa dessas abominações que Iahweh, teu Deus, os desalojará diante de ti” (Dt 18,11s). “Não vos voltareis para os nigromantes (= quem pretende consultar os mortos), nem consultareis os adivinhos, pois eles vos contaminariam” (Lv 19,31). “Aquele que recorrer aos nigromantes e aos adivinhos, prostitui-se com eles. Voltar-me-ei contra esse homem e o exterminarei” (Lv 20,6 -- É claro que Deus não exterminará ninguém: é o antigo estilo oriental para frisar que a pretensão do espiritismo é o maior dos pecados ou das ofensas a Deus, a maior abominação, a maior contaminação, a maior prostituição religiosa). “O homem ou a mulher que entre vós forem nigromantes ou adivinhos sejam mortos, sejam apedrejados, e o seu sangue caia sobre eles” (Lv 27 -- Estilo oriental antigo). Etc.

E as pessoas sinceras reflitam: qual doutrina devemos aceitar, a que haveriam revelado os “espíritos” dos mortos (suponhamos tal erro), ou a doutrina revelada por Deus e assinada com tantos milagres?

PROF. DR. PADRE OSCAR GONZÁLEZ-QUEVEDO, S.J. (http://www.institutopadrequevedo.com.br).

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“Fora da VERDADE não há CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”

LUIZ ROBERTO TURATTI.



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