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Artigos-->A Um Futuro de Ordem e Progresso -- 22/04/2004 - 12:30 (MARIA PETRONILHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Um Futuro de Ordem e Progresso











Brasil, venho de lá do mar



Com os braços carregados de flores e de esperança,



Que é primavera, e é Abril!



Chego com o coração florido de alegria



Desde o Cais das Descobertas.







Trago na alma as dores cicatrizadas



De agruras e espoliações



Dos lusitanos de antanho,



Sedentos de pedras e preciosidades



Mas disponho o coração dulcificado



Por mor de diamantes fraternos,



Que valem mais do que pesam



Não se vendem nem compram,



Crescem com a seiva que emana



Da nossa compreensão







Quinhentos e quatro anos de luta



São cansativos mesmo para um jovem



Que contém no seu âmago a força



De todas as cores entrelaçadas



Em sorrisos profusos como as folhas dos mangais







Sobre rios de águas povoadas de golfinhos brancos



E de sucuris e de piranhas no aguardo,



Mudando de nome conforme os tempos vão mudando



E os senhores dos impérios que todos servimos



Pois nem todo o sangue e suor do esforço colectivo



Chegam para saciar-lhes a fome de manter-nos angustiados.







Continuam armando arapucas sem fim



Nessas terras infindáveis onde a morte



Marca passo nas ruas onde o samba escamba no eterno Carnaval



Os esquadrões da morte andam armados de agulhas



E o império continua dividindo as riquezas



Deixando os teus filhos nos labirintos das favelas



Suspensas em ladeiras tão altas



Para onde mais fácil é subir do que descer







Quinhentos e quatro anos de labor contra a cobiça



Na fome feita de abastança roubada



É tarefa só possível aos grandes heróis



Aos homens sem terra no maior país do mundo







Que breve surja o dia, pátria dos meus irmãos



Em que os senhores do costume desçam dos capitéis de ouro



E seja possível à sonhadora da Barra do Tejo



Seguir enfim o rumo aberto em luminosidades azuis



Para ir ter contigo... sinal que a riqueza do mundo



A deixou enfim fretar um banco na classe económica



Aonde transporte os ossos calcinados e os olhos deslumbrados



De uma vida inteira de abnegação



Por um pequeno país em decréscimo de tudo



Menos de arrogância e de hipocrisia de um poder fictício







Peço a Deus a honra de abraçar em glória



O Brasil que mais merece do que tem:



Sereno bem estar, em Ordem e Progresso.











Lisboa, 22 de Abril de 2004













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