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cronicas-->Wilson Albuquerque - uma vida exemplar -- 25/03/2000 - 18:06 (Pedro Wilson Carrano Albuquerque) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sobre Wilson Albuquerque, vale transcrever aqui trecho de carta dirigida pelo autor a sua mãe Odívia:

"No antigo retrato, vejo meu pai menino, com quatro ou cinco anos de idade, junto aos irmãos e meu avó. Olhos arregalados, procurando adivinhar o que o mundo à sua frente lhe daria. Olheiras revelando, talvez, saudades dos beijos e abraços da doce Pombinha, pseudónimo de sua mãe, com quem tão pouco havia convivido.

Para compensar a falta da progenitora, que lhe deixou com apenas três outonos vividos, deu-lhe Deus o carinho da avó Patrocínia, mulher que cultivou os bons sentimentos aninhados em seu coração.

Infància difícil, como difíceis seriam muitos momentos de sua vida futura. Infància em que a tudo se ligava para compensar a ausência daquela que lhe trouxe ao mundo e a quem não mais podia levar seus encantos e desencantos.

Com treze anos de idade perdeu a avó paterna, sua segunda mãe (a avó materna havia falecido bem antes de seu nascimento).

Apesar da bondade de sua madrasta, a portuguesa Arminda dos Santos Couto, a morte de Dona Patrocínia foi um golpe que meu pai muito sentiu. Mais tarde, homenageou a avó dando seu nome à primeira filha.

Jovem, passou certamente por outras dificuldades. Trabalhava em Recreio (MG), em estabelecimento comercial do Sr. Pinho, quando foi convidado pelo Dr. Ladário Faria, político de Além Paraíba (MG) e futuro Prefeito daquele Município, para ir para a Escola de Aprendizes Marinheiros. Era Ministro da Marinha o Dr. Raul Soares de Moura (1), que havia sido Vereador e Chefe do Executivo do vizinho Município de Visconde do Rio Branco (MG), fato que, certamente, contribuiu para o alistamento de meu pai na Escola de Aprendizes Marinheiros de Campos em 12-JAN-1920.

Imagino as dificuldades passadas pelo adolescente, principalmente se considerada a rigorosa disciplina que a Marinha exigia dos que a ela se ligavam.

Em 30-ABR-1920 foi transferido para a Escola de Aprendizes Marinheiros do Rio de Janeiro (RJ). Em 7-JAN-1922 ingressou na Escola de Grumetes e em 30-AGO-1922, já como membro do Corpo de Marinheiros Nacionais de Villegaignon, alistou-se, com o número 9411, na Companhia de "Sem Especialidade", como Marinheiro de 2ª Classe, pelo prazo de 9 anos, a contar de 15-SET-1922.

Segundo o Livro Mestre do Corpo de Marinheiros nº 228 (fls. 41), era de cor branca, olhos verdes e cabelos castanhos (estatura: a crescer). Consta seu retrato, com a farda de marinheiro, da página 159 do Livro nº 41 MN, do Gabinete de Identificação da Armada.

Foi designado para servir no Navio Escola Benjamim Constant, tendo a oportunidade, então, de percorrer longas distàncias, conhecendo regiões do planeta que nunca imaginara visitar.

Vale lembrar que durante os Governos de Epitácio Pessoa e Artur Bernardes, ocorreram movimentos revolucionários (o "Tenentismo"), com a participação de militares, em vários pontos do País. Só em 1922 tivemos as Revoltas do Forte de Copacabana, do Forte do Vigia, na Vila Militar, na Escola Militar do Realengo, do Primeiro Batalhão de Engenharia, de Niterói e de Mato Grosso.

A situação, portanto, não era tranquila quando o Almirante Alexandrino Faria de Alencar (2) resolveu abrir, na Escola da Aviação Naval (criada pelo Decreto nº 12.167, de 23-AGO-1916), um curso de pilotagem para praças.

A propósito, julgo interessante transcrever, aqui, parte do depoimento do Comandante Coriolano Luís Tenan, constante de seu livro "Memórias de um Piloto de Linha":

"A afluência de candidatos era enorme. Vinham, até agarrados às chaminés das vedetas, de todos os navios e repartições da Marinha. A seleção, como era de esperar, foi rigorosa. De muito me serviram os rudimentos de navegação que havia aprendido no Lloyd Brasileiro. Passaram somente vinte e dois candidatos, entre os quais fui o primeiro classificado".

Meu pai foi um dos aprovados, conforme Ordem do Dia nº 35, de 16-ABR-1923, da Escola da Aviação Naval. Tenho uma fotografia com a primeira turma de alunos do Curso, constituída por meu saudoso pai, Wilson Albuquerque (Marinheiro de 2ª Classe), Póncio (Marinheiro de 2ª Classe), Medeiros (Marinheiro de 1ª Classe), Elias (Marinheiro de 2ª Classe); Cesínio de Araújo Cruz (cabo; revolucionário, foi desligado do serviço; morreu exilado na Clevelàndia); Manoel Medeiros (2º Sargento Fuzileiro; posteriormente foi Coronel da Aeronáutica); Ismael Santana (Cabo Telegrafista e Sub-Oficial); Camargo (Cabo; Sub-Oficial Mecànico); Fernando; José Freitas (Soldado do Corpo de Fuzileiros Navais); Fernandes (Marinheiro de 1ª Classe; Escrevente); Jorge Arruda Proença (Cabo Artilheiro; desligado do serviço por ser revolucionário; anistiado, voltou à Marinha e completou o Curso de Piloto Aviador; chegou a Brigadeiro Engenheiro); Coriolano Luís Tenan (Grumete "Sem Especialização"; posteriormente foi Tenente Instrutor, Major Aviador e Comandante da Panair do Brasil); Manoel Elias Profeta (Cabo Motorista; Sub-Oficial); Boulhosa (Cabo Especialista; Sub-Oficial); Almáquio Dessaurie (Cabo Telegrafista; depois 1º Tenente Aviador; morreu quando o avião que pilotava bateu em um pára-raios do Jóquei Clube, na Praça Mauá, Rio de Janeiro); Bernardino Pinto da Costa (Marinheiro de 1ª Classe; foi 1º Tenente Aviador; morreu em acidente de avião em Santa Catarina); Juvenal; Amaraci Domingues (Cabo Telegrafista) e Patrício (Cabo Artilheiro).

Conforme a Ordem do Dia nº 101, de 27-DEZ-1923, da Escola de Aviação Naval, meu pai foi aprovado no Curso de Piloto Aviador. O Comandante da Escola era o Capitão-de-Mar-e-Guerra Protógenes Pereira Guimarães (3).

As incertezas e a desconfiança tomavam conta da Aviação Naval, que em junho de 1924 havia sido transferida da Ilha das Enxadas para a Ponta do Galeão, na Ilha do Governador.

As agitações revolucionárias eram acompanhadas de denúncias, prisões de surpresa e degredos para a Clevelàndia, no Acre.

Teria havido, também, insubordinação de pilotos diante de ordem para se prepararem para ataque a revolucionários de São Paulo. Não quiseram ferir irmãos brasileiros, usando as armas que lhes botavam nas mãos e as asas de um avião.

Preso, meu pai conseguiu a liberdade com o apoio de um jovem advogado e político que, mais tarde, seria, ainda que por poucos dias, Presidente da República: o Dr. Carlos Coimbra da Luz.

Somente quatro dos alunos permaneceram na Marinha: Almáquio, Bernardino, Tenan e Proença.

Desligado da Armada, meu pai esteve em Belo Horizonte, Juiz de Fora e Divinópolis, tendo trabalhado na empresa SINGER. Passou, ainda, por São Sebastião do Alto (RJ), onde foi receber quantia, depositada na Caixa Económica, oriunda de herança deixada por seu avó materno Joaquim de Faria Salgado.

Ao utilizar suas férias em Recreio (MG), passou a namorar a jovem Odívia Carrano, que cursara, recentemente, a Escola Normal Nossa Senhora do Carmo, em Cataguases (MG). Tal fato fez com que largasse o emprego e fosse trabalhar na ceràmica de seu irmão Leónidas Albuquerque.

Anistiado pelo Governo, à Marinha póde retornar, talvez com recompensadora patente e remuneração. Mas ele tinha seu coração preso à linda professora. O sogro, entendendo que a delicada filha não poderia residir no Rio de Janeiro, longe da proteção paterna e sujeita a constantes viagens do marido, impós-lhe uma escolha: a Odívia ou a farda. O amor à namorada - a mais bela e meiga jovem que havia conhecido - fê-lo permanecer em Recreio, alheio aos pedidos das autoridades militares para reincorporar-se.

E negando-se a voltar, tomou a decisão mais importante de sua vida, aquela que lhe permitiu conviver durante mais de quarenta e oito anos com a companheira leal, dedicada e amorosa, nos momentos tristes e nos felizes. E da existência em comum nasceram onze filhos, para a alegria dos pais.

Wilson, com seu trabalho, associou-se a seu irmão Leónidas Albuquerque na Ceràmica Mineira, desligando-se da sociedade, alguns anos mais tarde, para estabelecer-se com sua própria empresa (Ceràmica Wilson).

Tornou-se uma das pessoas mais respeitadas de Recreio, tendo assinado, em 1º-JAN-1939, a ata da transformação do Distrito em Município. Através de Resolução de 21 de março de 1939, o Governador de Minas Gerais, Dr. Benedito Valadares, nomeou-o Delegado de Polícia do Município de Recreio (MG), atendendo sugestão do Secretário do Interior (José Maria de Alkmim).

Apoiando seu primo Milton Soares Campos, candidato a Governador de Minas Gerais, concorreu à Vice-Prefeitura do Município de Recreio, pelo Partido Republicano de Minas Gerais (P.R.M.), nas eleições realizadas em 23-NOV-1947, tendo obtido 902 dos 1.726 votos válidos apurados.

Tomou posse como Vice-Prefeito em 1º-JAN-1948, tendo a solenidade sido objeto de artigo escrito por Wantuyler Gama Lima na edição de 11-JAN-1948 do jornal "O Verbo".

Bom filho, bom irmão, bom patrão, bom pai e bom esposo, não se importava em perder para que os outros ganhassem.

Pela confiança que no próximo depositava, sempre estava sujeito a decepções. Tal se deu com as ceràmicas, com as terras que possuiu, com as ações que comprou, com o apartamento sonhado.

Se nunca desanimou, foi pelo alento que a esposa lhe dava, foi pelo amor que aos seus dedicava. Cada filho recebido de Deus era uma roupa que tinha de durar mais alguns anos, situação bem diferente daquela existente em anos mais despreocupados, quando os ternos de linho branco e roupas de boa qualidade enfeitavam seus cabides e gavetas.

Como em Recreio havia um único grupo escolar, onde só se atingia o 4º ano primário, os filhos eram internados em escolas privadas situadas em outras cidades, com grande sacrifício para os pais.

Como desejava que as coisas melhorassem. Quantas vezes o vi olhar para a frente, alheio a tudo, procurando caminhos que o carregassem a um destino feliz e despreocupado. Entretanto, estava sempre às voltas com intempéries. O que acumulava sempre tendia a ser levado pelos ventos.

Os negócios não estavam bem na década de 1950, motivo por que resolveu fechar a ceràmica e ir para a cidade do Rio de Janeiro, deixando todos os bens que tinha juntado para os empregados e parentes que o ajudaram a cuidar da extinção da empresa que lhe tinha permitido pagar os estudos dos filhos, juntamente com os proventos de professora de sua esposa.

No Rio, quase sexagenário, arrumou emprego em uma alfaiataria. Como era triste, e ao mesmo tempo belo e emocionante, vê-lo, após tantos anos de luta, vir para casa com pacotes de carne, queijo, pão e outras compras, amarrados por barbante que, certamente, lhe machucava os dedos. Os bolsos estavam sempre vazios, pois o pouco que ganhava logo se transformava em mantimentos.

De janelas de ónibus, sem ser notado, algumas vezes o vi arrastando os pés nas calçadas quentes do Rio, com ar cansado, deixando verter o suor que as longas caminhadas provocavam.

Sua vida tinha sido dedicada aos filhos. Nada de viagens e divertimentos caros, pois os colégios exigiam mensalidades pagas em dia.

Éramos muitos, mas poucas eram suas palavras duras, mesmo nos momentos em que seus nervos ficavam mais tensos, no meio das agruras da vida.

Que dor ao se separar dos filhos que iam para longe. Quantas lágrimas contidas. Quantos tremores percebíamos ao abraçá-lo nas despedidas.

Morreu em 1978 sem ver o retorno de seu esforço: todos os filhos vivendo com conforto e responsabilidade.

Seu falecimento foi divulgado em jornais de Recreio, Leopoldina, Juiz de Fora e Rio de Janeiro e a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, por iniciativa do Deputado Francisco da Gama Lima Filho, aprovou moção de profundo pesar pelo ocorrido.

Penso agora que pouco conversamos. Acho que deveríamos ter-lhe demonstrado mais amor. Como gostaríamos de ter-lhe dado mais apoio nos seus momentos mais difíceis, compensando o que dele recebemos. Um só olhar era o bastante para que ele e a querida esposa sentissem que os filhos precisavam de alguma coisa, fosse dinheiro, fosse conselho, fosse qualquer outro tipo de ajuda.

Lembro-me de que ele insistiu para que eu comprasse um apartamento em Santa Teresa, no Rio. Quando eu lhe disse que não possuía a quantia necessária para o sinal exigido, ele prontamente respondeu que poderia emprestar-me dinheiro de que dispunha e não necessitava. Descobri, depois, que levantara em um banco comercial, com dificuldade, um oneroso empréstimo para que eu pudesse adquirir o imóvel. E essa dedicação alcançava todos os seus filhos.

Quiséramos, meu pai, ser novamente crianças para nos aninharmos em seus braços. Como era confortante sentir os seus olhos vigiando-nos, em casa, nas ruas da cidade, no sítio de sua propriedade ou em qualquer outro lugar. Como eram boas as suas estórias, principalmente as que envolviam São Pedro e Pedro Malasartes. Nós ouvíamos deliciados as suas leituras do "Tico Tico", dos artigos da revista "Seleções" e mesmo dos livros de Dale Carnege, bem como as cantigas aprendidas não sei onde:

"João corta pau
Maria mexe angu;
Teresa põe a mesa
No buraco do tatu !"

"Bambalaão
Senhor Capitão;
Espada na cinta
Ginete na mão".

Que grande alegria teremos no dia em que o reencontrarmos, certamente em um mundo melhor que este".

O falecimento de Wilson Albuquerque foi registrado no jornais "O Globo", do Rio de Janeiro (RJ), e "Lar Católico", de Juiz de Fora (MG).

O "Jornal de Recreio", em sua edição de 16-SET-1978, publicou o seguinte artigo a respeito da ocorrência:

"Registramos com pesar o falecimento de Wilson Albuquerque, ocorrido no último dia 6, no Rio de Janeiro, onde residia.

Tendo residido em Recreio por longos anos, cidade onde nasceram sua esposa Odívia e 9 filhos, era grande o seu carinho por nossa cidade. Isto pode ser comprovado pelo grande número de fotos, recortes de jornais, anotações diversas, referentes a fatos e gente recreienses, que guardava consigo.

Através da Ceràmica Wilson, levou aos mais distantes recantos dos Estados do Rio e de Minas o nome do Município. Ainda hoje temos a oportunidade de ver, em diversas cidades, as telhas francesas por ele fabricadas com a marca registrada CERÂMICA WILSON - RECREIO, MG.

Foi Delegado na década de 30 e fez parte, como Vice-Prefeito, da primeira administração do Município eleita pelo povo, de 1948 a 1951.

Suas saudades de Recreio eram muitas, desde que largou a cidade para acompanhar seus filhos que foram estudar no Rio de Janeiro. Entretanto, trabalhando sem parar para atender às necessidades da família até o momento em que foi apanhado pela enfermidade que o levou à morte, nunca teve um só dia de férias para rever a terra amiga.

Em sua carteira, foi encontrada uma carta, que um de seus filhos lhe escrevera, que mostra o seu interesse pelas coisas do lugar.

Os recreienses mais antigos, que o conheceram, podem testemunhar a bondade de seu coração".

O "Porta Voz de Miracema", na edição da 2ª quinzena de setembro de 1978, publicou o seguinte artigo de Aristides Dorigo sobre a morte de Wilson Albuquerque:

"Após pertinaz enfermidade, faleceu no dia 6 deste, no Rio, onde residia, o Sr. Wilson Albuquerque, primeiro Vice-Prefeito de Recreio, eleito pelo povo, no período de 1.1.48 a 31.1.51.

Pai extremoso, Wilson Albuquerque deixou-nos bons exemplos e agradáveis recordações. Coração grande, bondade maior e de uma alegria contagiante. Nunca refutava trabalho e possuía um jeito especial para lidar com o público.

Seu nome ficará na história de Recreio como um dos propulsores do seu progresso. Foi ele o fundador da Ceràmica Wilson, produtora de afamadas louças, tijolos, manilhas, panelas vidradas, etc., etc.

Era enorme o seu carinho por esta terra, a quem deu sobejas provas de amor, pois trazia guardados em seu arquivo vários jornais e recortes de periódicos que falavam sobre Recreio.

Filho da cidade, casou-se com D. Odívia Carrano Albuquerque, professora aposentada, a qual exerceu por muitos anos o magistério em Recreio, onde também criou uma numerosa prole.

Exerceu com proficiência as relevantes funções de Delegado de Polícia e Vice-Prefeito do Governo Dr. Darcy Nunes de Miranda, prestando, portanto, relevantes serviços ao município.

Em nossa memória guardamos gratas recordações de Wilson Albuquerque, do qual fomos vizinhos - e muitos bons vizinhos - durante longo tempo.

O extinto deixa viúva, D. Odívia, e os seguintes filhos: José, Luís, Maria Patrocínia, casada com António Carlos de Oliveira, Maria Emília, casada com Edgard Colombo Pinto, Paulo, Maurício, Pedro Wilson, Daniel e Maria Georgina, casada com Vincenzo Meliande (noras e netos).

Ó Senhor meu Deus, protegei a alma de Wilson Albuquerque e consolai os que aqui ficam, seus familiares e amigos".

O corpo de Wilson Albuquerque encontra-se sepultado no jazigo perpétuo nº 21087 do Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro (RJ).

O inventário dos poucos bens materiais que deixou teve andamento no Juízo da Quarta Vara de Órfãos e Sucessões da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, tendo o autor desta crónica participado do processo como advogado dos herdeiros.

Notas Explicativas:

(1)Raul Soares de Moura n. em Ubá, Minas Gerais, em 7-AGO-1877 e fal. em Belo Horizonte em 4-AGO-1924. Dirigiu o Ministério da Marinha no período de 28-JUL-1919 a 20-OUT-1920 e governou Minas Gerais de 7-SET-1922 até a sua morte.

(2)O Almirante Alexandrino n. em Rio Pardo, Rio Grande do Sul, em 1848 e fal. no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, em 1926. Titular do Ministério da Marinha no período de 15-NOV-1922 a 20-ABR-1926).

(3)Protógenes Guimarães n. em Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, em 8-MAI-1876 e fal. na cidade do Rio de Janeiro em 6-JAN-1938. Na noite de 20-OUT-1924, foi preso por ter sido descoberta a sua participação em esquema de sublevação destinado a apoiar a Revolta Tenentista de 5-JUL-1924 (Protógenes deveria assumir o comando do couraçado São Paulo no dia 21-OUT-1924 e dar uma salva de artilharia para acionar levante de apoio aos revoltosos paulistas), tendo sido posto em liberdade em 21-MAI-1927. Reformado em 7-JUL-1928, foi anistiado por decreto de 8-NOV-1930, com a reversão ao serviço ativo no posto de Contra-Almirante. Ministro da Marinha no período de 9-JUN-1931 a 12-NOV-1935, sob o Governo do Dr. Getúlio Dornelles Vargas. Por maioria de um único voto, foi eleito Governador do Estado do Rio de Janeiro, tendo exercido o cargo no período de 12-NOV-1935 a 10-NOV-1937.
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