Levem os neurônios ao orgasmo,
pra fugirem do marasmo
que a mudez nos obrigou.
Venham desfraldar, negra, a bandeira
tirada da algibeira
de um nobre senador.
Queiram cuspir verbos, soltar línguas,
para virem se não míngua
da justiça, o sabor.
Deixem o altruísmo sempre vasto,
dilatando os percalços
do egoísmo ditador.
Botem para fora os tantos sapos
e, sem vestes de palhaço,
roubem as cenas de horror!
(Finjam que a fala é engraçada,
mas... somos nós a piada,
que a subserviência contou.)
maria da graça almeida
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