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Artigos-->BOLSO FURADO -- 01/09/2001 - 18:55 (Clenio Cleto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BOLSO FURADO

A década de 50 representou para mim o curso primário, secundário e superior no que diz respeito ao sexo e ao relacionamento com as mulheres. Os costumes eram diferentes dos atuais, calcados em preconceitos moralistas ortodoxos, cultura religiosa que tolhia toda a liberdade e procurava afastar a idéia do sexo como necessidade biológica do ser humano.

Os namoricos começavam, como hoje, ao redor dos 15 anos de idade. O primeiro beijo depois de alguns meses de relacionamento, era obtido a força e a moça resistia o quanto podia. Daí para os carinhos nos seios e na bunda eram mais curtos e rápidos, mas, para tocar nas regiões pubianas era uma duríssima tarefa que requeria, principalmente, muita, mas muita, paciência. Vencida essa etapa, para acariciar o pênis do namorado era um piscar de olhos. Dessa forma, os jogos amorosos constituíram-se de beijos, abraços, carinhos e chupadas nos seios e o coito nas coxas com a introdução do pênis comprimido entre as coxas e a vulva. Quase sempre esse ato sexual era praticado em pé, encostados num poste ou muro, numa posição desconfortável. Porém, era gratificante...

O namoro necessariamente precisava do consentimento dos pais da menina, senão, nada feito, e era comum saírem todos juntos nos finais de semana para passeios ou visitas a casa de parentes (a fim de mostrarem a futura vítima). Nesses verdadeiras excursões não eram permitidos abraços ou beijos, muito menos sentar no colo do namorado. Mas, os jovens inventavam de tudo para descumprir essas normas e, quando conseguiam, essa vitória era melhor do que um orgasmo.

São Paulo era uma cidade fria, garoenta, e era comum as moças enfiarem a mão do bolso da calça do namorado para aquecê-la (as calças masculinas eram largas). Não sei quem bolou nem onde apareceu essa novidade, mas, em poucos meses essa prática espalhou-se e tomou conta da metrópole. O incrível é que os adultos nunca souberam dessa artimanha guardada em segredo e só divulgada entre os jovens, Nem a localização do Santo Graal foi tão escondida como essa invenção maravilhosa e fantástica, digna de um Marconi, Santos Dumont e outros gênios. Fa-bu-lo-so!!!

E era muitíssimo simples... Os meninos rasgavam os bolsos das calças...

Durante os passeios com a família da namorada a moça introduzia uma das mãos no bolso do namorado e, como a cueca era larga e possuía grande abertura na frente (samba canção) a donzela divertia-se brincando e apertando com os quentes dedinhos o membro quente e entumecido, lançando olhares angelicais a todos ao seu redor. Procuravam, durante essa prática, os lugares com mais gente e perante o severo pai a diversão era mais gostosa. Como as calças eram muito largas não se percebia o volume da mãozinha...

Mas, nem tudo era tão fácil de controlar... O moço precisava tomar todas as precauções para não excitar-se demais e entrar no processo de ejaculação, pois, seria o supremo castigo para um ser humano com tesão! Já imaginaram um jovem gozando, em pleno orgasmo, ante toda a família reunida? Que desgraça, que desgraça, que desgraça...

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