O REDEMOINHO DA VIDA
J.B. Xavier
O redemoinho de vida, que engoliu meus sonhos,
Também me despertou para novos desafios!
E ao deitar minha alma sobre a almofada das realizações,
Findei por encontrar mãos em busca de carícias...
Findei por experimentar as delícias de purpúreos deleites,
Lábios entreabertos, no desejo latente de rebuscar universos,
Abraços e aconchegos de amigos dispersos,
Cheiro de vida no corpo serpenteante
Da mulher amante...
E segui trilhas enganadoras a iluminados desconhecidos,
Persegui fagulhas, enganei-me com sóis cuja luz já não iluminavam,
E busquei seguranças que já não mais existiam...
Repisei velhas pegadas que seguiam para lugar nenhum,
E transformei-me em mais um dos cansados peregrinos...
Mas, ouvi sinos de distantes catedrais,
Chamados de outras esferas, apontando-me sinais
Que eu, por muito tempo, via e não mais enxergava!
E enfim, deixei-me deslizar para o fundo de mim mesmo,
Sorvendo nessa viagem todas as dúvidas que me atormentam,
Todas as certezas que me levaram aos caminhos sem saída...
Fui em busca de novos sonhos, no redemoinho da vida!!
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