William Robnson estava afinzão de uma sacanagem. Como não tinha nem mulher nem talento para conquistá-las, resolveu ir à famigerada ZONA DE LUXO para ver se descolava um boquete esperto. Chegando lá, pôde ver as mulheres oferecidas às vezes piscando o olho, às vezes fazendo sinais relativamente obscenos para os seus clientes potenciais. William era um deles e se sentiu todo orgulhoso quando viu aquela gostosa fazendo movimentos de alta dinamicidade com a língua para ele. Quase que cede à primeira tentação, mas conseguiu se conter.
Anda pra lá, anda pra cá e, de repente, William depara-se com um cartaz onde se lia "CHUPADA ATÔMICA". Se o que ele mais queria era uma puta que lhe fizesse um boquete saudável e empreendedor, aquela propaganda efetivamente o fez colocar o pau no chão, digo, o pé no chão. Chegou para perto da porta onde estava escrita a frase, olhou sorrateiramente e pôde ver uma tremenda de uma morena com os olhos verdes e a boca mais linda do mundo. O batom que ela passara dava um brilho todo especial ao que os médicos chamam de intróito do aparelho digestivo. A mulher exalava sexualidade. Era impossível não desejá-la e, levando em conta, que o que ela oferecia era exatamente o que ele queria, caracterizou-se, então, o que administradores chamam de possível relação ganha-ganha. Ele chegou para perto dela e falou:
-Afinal, o que é essa tal CHUPADA ATÔMICA?
-Se eu te falar perde a graça, meu bem.
-E quanto é?
-A simples são 50 reais, a atômica 500 reais.
-O quê?! É muito caro?!
-É, mas vale por vinte e você jamais esquecerá, garotão.
Aquele negócio de chamá-lo de garotão acabou de derrubar definitivamente qualquer barreira psico-monetária que ainda pudesse existir entre ele e aquela boca. Pediu licença por uns instantes, foi até o banheiro masculino, tirou o dinheiro que trazia no sapato, contou e só tinha 450 reais. Ficou desesperado. Voltou até a morena e fazendo beicinho resmungou:
-Poxa, eu só tenho 450 reais e tudo que eu queria neste momento é ter a sua chupada atômica. Deixa por 450, vai...
-Tá bom, garotão (arrepio na espinha dele). Fui com a tua cara. Pra você eu deixo por 450.
Para ele, era como se fosse um pré-orgasmo. Encaminharam-se para o quarto dela e, chegando lá, ela já foi tirando toda a roupa e mandando o tímido William tirar a dele também. Depois de hesitar um pouco, fez o que a morenaça mandou.
-Vai pra cama, gostosão, que agora chegou tua hora de ir para a ionosfera.
Ele deitou-se e ela apalpou logo a sua genitália que começou a pular com a pulsação descontrolada. Finalmente, a morenaça segurou firme na caceta de William e começou a tal chupada atômica. Na primeira, ele fez TCHAM, na segunda, ele fez TCHUM, na terceira ele gritou:
-P Á R A! P Á R A!
-Que foi meu bem?
-Para que o lençol está entrando pelo meu rabo! SOCORRO! SOCORRO!
Chamaram a ambulância e William teve que passar pelo vexame de entrar no carro com aquele lençol pendurado pelo rabo e arrastando pelo chão. Teve que fazer uma operação de emergência e dali pra frente, nunca mais voltou às zonas da vida. Acabou casando com uma mocréia do seu bairro e foi infeliz para sempre. Permitir que o seu bofe lhe fizesse felação (nome elegante para chupação de pau), nem pensar. Era mencionar a possibilidade para ele ter a sensação de que um lençol de algodão estava entrando pelo seu rabo e ele ficava com um gostinho de pano na boca pelo resto do dia.
