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Artigos-->Internacional Islamita do Terror -- 15/03/2004 - 11:36 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Internacional Islamita do Terror



Félix Maier (*)

(artigo publicado em 2003)



Congrega movimentos islâmicos armados em todas as partes do mundo, destacando-se: o al-Qaeda de Osama bin Laden; o al-Qods iraniano; o Hezbollah Internacional (iraniano, criado em 1996); o ISI paquistanês; a PIO (Organização Popular Internacional), criada em Cartum em 1991 e liderada pelo xeque Turabi; a Jihad Islâmica do Egito (ligada a Osama bin Laden, participou do assassinato do presidente do Egito, Anwar al-Sadat); Abu Sayyaf (organização terrorista das Filipinas); o Comitê de Defesa dos Direitos Legítimos (com sede em Londres); o al-Jamaah al-Islamiyah (do xeque Omar Abdul Rahman (preso nos EUA, acusado do primeiro atentado contra o WTC, em Nova York, em 1993); a VEVAK (inteligência iraniana); o Grupo de Justiça Internacional (nome de cobertura adotado por agentes de segurança e inteligência treinados pelos iranianos e liderados por Ayman al-Zawahiri, no atentado contra o presidente do Egito, Hosni Mubarak, em 1995); o Exército de Maomé; o Exército Islâmico para a Libertação de Lugares Sagrados (IALHP) – Muqamat-i-Muqadassa (lugares sagrados); a Frente Mundial Islâmica para a Jihad contra Judeus e Cruzados; o Cisma Vermelho.



Em 1996, o príncipe Salman, da Arábia Saudita, mantinha contatos clandestinos com bin Laden em nome de Riad, para canalizar apoio saudita para as jihads islamitas em todo o mundo “A abordagem de Riad era cínica e pragmática – melhor manter os militantes islamitas sauditas e ‘afegãos’ envolvidos com jihads distantes, mesmo às expensas de Riad, que tê-los de volta agitando a população” (“Bin Laden”, pg. 220). A luta interna, pela sucessão ao trono do Rei Fahd, envolve os príncipes Abdullah, Sultan e Salman (da facção Salman-Nayif). Na explosão do caminhão-bomba em Dhahran, em 1996, houve envolvimento do príncipe Abdullah, junto com a Síria e o Irã, para mostrar quem é o mais forte. Na verdade, o exagero da explosão foi um recado do Irã a Riad, para mostrar que, “por direito”, o Irã era a maior força da região, podendo ocasionar grandes estragos caso seus interesses fossem contrariados. Na mesma época, uma rede xiita de base saudita, com apoio do Hizbollah e do VEVAK, contruiu pequena bomba no leste da Arábia Saudita e a levou a Manama, Bahrein, onde foi explodida perto do Hotel Vendôme. Na Grande Damasco há casas-fortes da Inteligência síria para cursos de espionagem de campo e segurança operacional.



Algumas ações da Internacional Islamita na última década. No dia 17 de março de 1992, um carro-bomba atingiu a Embaixada de Israel na Argentina, matando 28 pessoas e ferindo cerca de 100. O Hezbollah (“Partido de Deus”), com base no Sul do Líbano (Vale do Bekaa), responsabilizou-se pelo atentado. O Hezbollah é também suspeito de ter atacado a embaixada americana e o acampamento dos “marines” em Beirute, Líbano, em outubro de 1983, matando mais de duas centenas de americanos. O Hezbollah recebe ajuda financeira, treinamento, armas, explosivos e facilidades do Irã, onde treina seus militantes no Campo de Nahavand, em Hamadan, a Sudoeste de Teerã. Também é conhecido como Jihad Islâmica, Organização da Justiça Revolucionária, Organização dos Oprimidos Sobre a Terra e Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina.



Em 26 de setembro e 3 de outubro de 1993, helicópteros UH-60 Blackhawk dos Estados Unidos que participavam da Operação “Restore Hope” (Restaurar a Esperança), da ONU, foram abatidos em Mogadíscio, Somália. Corpos de soldados americanos foram arrastados pelas ruas da capital. Só no 2º ataque, quando 2 UH-60 foram abatidos e um 3º chocou-se contra o solo no aeroporto, morreram 18 soldados americanos, 78 foram feridos e 1 helicóptero foi capturado (liberado 10 dias depois); 700 somális saíram feridos e cerca de 300 morreram. Esse choque causado aos americanos decidiu a rápida retirada de suas tropas do país; em março de 1994, grande parte das Forças americanas já haviam deixado a Somália. Análises comprovaram a melhoria do súbito “desempenho” somáli ao treinamento de somális e “afegãos” árabes treinados pelos iranianos e à participação direta do Comando Saiqah iraquiano nos combates. Típica ação da Internacional Islamita, que em junho de 1993 enviou terroristas de várias organizações para combater as forças americanas da ONU na Somália: iraquianos (Inteligência e F Especiais), Pasdaran iraniano, Hezbollah libanês, “afegão” árabes (principalmente egípcios) e islamitas locais, membros da Frente Islâmica Nacional do Sudão, do SIUP da Somália, da Organização da República Islâmica do Quênia, da Frente Islâmica para a Libertação da Etiópia e da Jihad Islâmica da Eritréia – num total de 3 mil terroristas e grande quantidade de armas foram secretamente destacados na Somália, com treinamento de Mohamed Atif (3º homem mais importante do al-Qaeda) e apoio financeiro de Bin Laden.



No dia 18 de julho de 1994, um carro-bomba matou 96 pessoas e feriu 156 na Asociación Mutual Israelita-Argentina (AMIA), em Buenos Aires. Os atentados foram atribuídos a grupos terroristas islâmicos orientados pelo Irã. Em fevereiro de 1993, houve um atentado contra o World Trade Center (WTC), em Nova York, realizado pelo kuwaitiano Ramzi Youssef (ligado a bin Laden), quando a explosão de um carro-bomba na garagem de uma das torres gêmeas deixou saldo de 6 mortos e mais de 1.000 feridos; preso, Youssef foi condenado a 240 anos de prisão.



A “Internacional Islamita”, com o apoio milionário da al-Qaeda, participou ainda de outras ações, principalmente contra objetivos americanos, tais como:



- atentados a bomba em embaixadas americanas na África (Nairobi, Quênia, e Dar as-Salaam, Tanzânia, ocorridos simultaneamente em 7 de agosto de 1998), ocasionando a morte de mais de 250 pessoas e mais de 5.500 feridos, na maioria africanos, esses ataques foram operações conduzidas pelo Hezbollah Internacional, comandado pelo Irã, com apoio do Sudão e do Paquistão; as ações de Osama bin Laden como líder político e Ayman al-Zawahiri como comandante militar foram decisivas para o sucesso dos ataques;



- ataque suicida contra o destróier americano “USS Cole”, no dia 12 de outubro de 2000, que deixou 17 marinheiros americanos mortos, no Porto de Áden, Iêmen; o atentado foi reivindicado pelo “Exército de Maomé”;



- atentado contra a vida do presidente do Egito, Hosni Mubarak, em 26 de junho de 1995, em Adis-Abeba, Etiópia, patrocinado pelo Irã e Sudão;



- em junho de 1995, houve explosões no metrô de Paris, promovidas por argelinos;



- atentado de 2 carros-bombas num centro de treinamento militar administrado pelos Estados Unidos, em Riad, Arábia Saudita, a 13 de novembro de 1995, quando houve 6 óbitos (sendo 5 americanos) e mais de 60 feridos; esta ação foi organizada por Teerã e Cartum, reunindo “afegãos” sauditas e partidários; a oposição islamita afirmou que sauditas espcialistas em bomas, “treinados pela CIA e pela Inteligência militar do Paquistão”, estavam fornecendo treinamento especializado a redes “afegãs” no Oriente Médio e na Bósnia;



- assassinato de Alaa al-Din Nazmi, o 2º diplomata egípcio mais importante na Suíça, no dia 15 de novembro de 1995;



- atentado com carro-bomba, com 400 kg de explosivos, na Embaixada egípcia em Islamabad, Paquistão, no dia 19 de novembro de 1995, matando 19 pessoas (incluindo o motorista suicida) e ferindo mais de 60 pessoas;



- explosão de um caminhão-bomba nas instalações americanas de al-Khobar, perto de Dahran, Arábia Saudita, em 25 de junho de 1996, matando dezenas de pessoas, entre as quais 19 militares americanos (em 7 de junho de 1996, em seu sermão de Sexta-feira, o líder espiritual do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o Hezbollah deveria alcançar “todos os continentes e todos os países” – Cfr. “Bin Laden”, pg. 213); a explosão de Dahran mostrou ser uma “operação extremamente profissional e meticulosa. Uma longa fase de coleta de dados e de observação do local possibilitou selecionar os principais pontos para o posicionamento do caminhão-bomba tanto dentro como na retaguarda (no perímetro). A disponibilidade de um carrro para fuga e o imediato desaparecimento dos executores também comprovaram o profissionalismo da rede. A grande quantidade de explosivos para uso militar, o material incendiário de alta qualidade, a disponibilidade de fusíveis sofisticados e o próprio projeto e construção da bomba, tudo apontava para uma rede altamente sofisticada e profissional” (in “Bin Laden”, pg. 215). Para a fabricação da bomba, “os sofisticados equipamentos eletrônicos e fusíveis haviam sido contrabandeados da Europa Ocidental disfarçados como peças de computadores. Alguns dos principais carregamentos, inclusive de fusíveis, estavam endereçados à Guarda Real (Nacional) Saudita, onde islamitas simpatizantes os esconderam" (in “Bin Laden”, pg. 228);



- explosão do jumbo da TWA (vôo 800), em 17 de julho de 1996, sobre o Oceano Atlântico, perto da costa de Long Island; as evidências apontam para o terrorismo, pois houve um breve ruído, antes da explosão, idêntico ao ocorrido com o Boeing do vôo 103 da Pan Am, explodido sobre Lockerbie, na Escócia. A reconstituição dos últimos minutos do avião do TWA podem fornecer a chave de tudo, baseado em 3 componentes: 1) a caixa-preta, que grava vozes e as atividades eletrônicas da cabine; 2) o transponder, que transmite sua identificação quando ela é localizada por radar de solo; e 3) a detecção, pelo radar de solo, do eco ou do retorno causado por qualquer objeto grande. Como regra, deve existir perfeita relação temporal entre esses elementos; qualquer discrepância é indicador de que algo está errado. No vôo 800, todos os gravadores da caixa-preta emudeceram repentinamente, depois de breve ruído, idêntico ao ocorrido com o vôo 103 da Pan Am. “Os nitratos, principais componentes das bombas, são dissolvidos pelo fogo e pela água do mar – no caso do Vôo 800, ambos os elementos estiveram presentes. A possibilidade que qualquer resíduo seja encontrado é, portanto, mínima” (in “Bin Laden”, pg. 237);



- os atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington, no dia 11 de setembro de 2001, ocasionando a morte de quase 3.000 pessoas;



- atentado de terrorista suicida mata 21 pessoas em sinagoga na Tunísia no dia 11 de abril de 2002;



- carro-bomba mata 12 paquistaneses frente ao consulado americano em Karachi no dia 14 de junho de 2002;



- atentado contra uma discoteca de Báli, Indonésia, em 12 de outubro de 2002, matou 202 pessoas, incluindo um militar do Exército brasileiro que fazia parte da missão de paz da ONU no Timor Leste. Assumiu o atentado o grupo Jemaa Islâmica, fundado em 1993 por dois religiosos radicais, Abu Bakar Bachir e Abdullah Sungkar, que pretende fundar um Estado islâmico congregando os territórios da Malásia, Indonésia, Cingapura, o sultanato de Brunei, o sul das Filipinas e o sul da Tailândia;



- no dia 28 de outubro de 2002 foi assassinado um diplomata americano em Amã, Jordânia;



- em 28 de novembro de 2002 homens-bomba matam 16 pessoas num hotel de praia em Mombasa, Quênia;



- no período de 4 de março a 11 de maio de 2003, três ataques nas Filipinas – num aeroporto, num cais e num mercado – deixam cerca de 50 mortos;



- Terroristas suicidas atacam condomínio em Riad, Arábia Saudita, no dia 12 de maio de 2003, deixando 35 mortos;



- no dia 16 de maio de 2003, homens-bomba atacam alvos ocidentais no centro de Casablanca, Marrocos, deixando 44 mortos e 100 feridos;



- no dia 5 de agosto de 2003, um carro-bomba destruiu parte do hotel Marriot em Jacarta, capital da Indonésia, deixando 12 mortos. “Segundo o Ministério da Defesa indonésio, o atentado é obra do grupo radical Jemaa Islâmica, considerado o braço da rede terrorista Al-Qaeda no Sudeste da Ásia” (Correio Braziliense, 10/08/2003);



- o ataque contra a Embaixada da Jordânia no Iraque, no dia 7 de agosto de 2003, quando morreram 19 pessoas;



- o ataque contra o hotel que sediava uma representação da ONU em Bagdá, realizado no dia 19 de agosto de 2003, matou 24 pessoas (incluindo o chefe da missão, o brasileiro Sérgio Vieira de Melo) e deixou mais de 100 feridos, foi um típico ato da Internacional Islamita, reivindicado inicialmente pelas "Vanguardas Armadas do Segundo Exército de Maomé", depois pelas "Brigadas de Abi Hafs Al-Masri". Esta última organização, ligada à al-Qaida, afirmou que a ONU "trabalha contra os maometanos e representa a Secretaría de Estado norteamericana” – segundo afirmou o diário árabe internacional “Al Hayat”. O mesmo diário afirmou que "os EUA são o principal inimigo do islamismo já que o combate em todas as partes, assassina diretamente no Iraque e no Afeganistão, e indiretamente nas Filipinas, Cachemira e Palestina";



- o ataque, no dia 29 de agosto de 2003, contra a principal mesquita xiita da cidade santa de an-Najaf, onde se encontra a tuba do ímã Áli, ocasião em que morreram mais de 100 pessoas, incluindo o mais importante líder xiita iraquiano, o aiatolá Mohammed Baqer Al-Hakim, e mais de 200 ficaram feridas; foram utilizados mais de 700 kg de explosivos colocados em dois veículos; foram presos 2 iraquianos e 2 sauditas ligados à Al-Qaeda de bin Laden; eles pertenceriam ao grupo desconhecido Mohammed Atef, nome de um dos homens mais próximos de bin Laden. -



- no dia 30 de agosto, um oleoduto que liga os poços de petróleo de Kirkut à refinaria de Baiji, norte do Iraque, pegou fogo; acredita-se que tenha sido sabotagem (Correio Braziliense, 31/08/2003, pg. 22);



- no dia 15 de novembro de 2003, carros-bombas atingem duas sinagogas de Istambul, Turquia, matando 25 pessoas;



- no dia 19 de novembro de 2003, a sede regional do HSBC e o consulado britânico em Istambul foram atacados por carros-bomba, deixando saldo de 30 mortos. “Desde 11 de setembro de 2001, terroristas ligados à Al Qaeda assumiram grandes atentados em uma dezena de países, com 500 mortos – sem contar os ocorridos no Iraque e no Afeganistão” (revista “Veja”, edição nº 1830, de 26/11/2003).



As ações da Internacional Islamita são sempre patrocinadas por Estados islâmicos. “Praticamente todos os maiores ataques terroristas são patrocinados por um Estado e não são empreendimentos feitos às pressas. Os que executam tais atos são agentes dedicados e disciplinados agindo sob total comando dos serviços de inteligência dos países que os patrocinam” (in “Bin Laden”, pg. 215).



“Acreditamos que Alá usou nossa guerra santa no Afeganistão para destruir o exército russo e a União Soviética. (...) ... e agora pedimos a Alá que nos use uma vez mais para fazer o mesmo com a América, transformando-a em uma sombra de si mesma” (Bin Laden, em depoimento a Robert Fisk, do “Independent”, março de 1997 – cit. em “Bin Laden”, pg. 138).



“Osama”, em árabe, significa “leão”. Muitos oradores, em manifestações de massa, declaram que “Osama, o Leão, tinha saído de sua jaula para devorar os inimigos do Islã” (“Bin Laden”, pg. 364).



A Internacional Islamita trabalha para estabelecer o Khilafah (Estado global, pan-islâmico). Seus seguidores pretendem proteger os muçulmanos da Kuffar (apostasia), não se deixam seduzir pela Dunya (sedução do Ocidente), nem temem a morte, ao contrário, procuram a Shahada (martírio).



Segundo o general-de-divisão Asad Durrani, que trabalhou no ISI do Paquistão, “ ‘o termo fundamentalismo (islâmico) foi livremente confundido com radicalismo ou extremismo’ na cultura política ocidental, tão logo não haverá possibilidade de reconciliação e entendimento entre o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, e o Eixo do Islã. Pelo contrário, a única forma de governo viável no Eixo do Islã ‘aprofundará a divisão, endurecerá as posições e ampliará a base do conflito’. Durrani afirma que, salvo uma ampla guerra entre o Eixo do Islã e o Ocidente liderado pelos Estados Unidos, não há como escapar de um confronto persistente e cada vez mais indireto através do uso do terrorismo internacional, pois não há outra forma de desgastar e punir o Ocidente. Durrani conclui que ‘se o passado puder servir de guia, a correção de curso somente ocorrerá se um dos lados não mais estiver disposto a suportar os custos’ ” (“Bin Laden”, pg. 409).



Em outubro de 1998, Qusay Hussein, filho de Saddam Hussein, enviou pessoa de confiança, junto com um emissário do Sheik Turabi (Sudão) a Peshawar, onde se encontraram com um funcionário do ISI e viajaram a Cabul, capital do Afeganistão, para uma conferência com Bin Laden em uma casa segura providenciada pelo mulá Omar, líder dos Talibãs. A reunião era para discutir uma maior coordenação e cooperação de atos contra os EUA-ONU, tendo em vista a crise iraquiana. “O uso de armas químicas e biológicas nos ataques terroristas previstos foi explicitamente mencionados. Bin Laden prometeu ativar todo o movimento islamita – no Oriente Médio, África, Leste da Ásia, Europa e Estados Unidos – como parte da campanha conjunta. Além disso, Bin Laden buscou a ajuda do Iraque para acelerar a construção de bombas especiais contendo agentes químicos e biológicos” (“Bin Laden”, pg. 421).



O ex-presidente sírio, Hafiz al-Assad, recebeu alguns bilhões de dólares, a partir de 1990, do príncipe Abdallah, da Arábia Saudita, para a construção de uma grande fábrica de armas químicas em Aleppo, norte da Síria, e aquisição de mísseis. Os sírios, por sua vez, junto com os iranianos, fazem operações em território saudita, desde a investigação e a seleção de alvos até o transporte de terroristas e explosivos. Está mais do que provado que as altas autoridades sauditas financiam bem mais do que a construção de milhares de mesquitas mundo a fora. Além do envolvimento de autoridades sauditas no terrorismo internacional, vale lembrar que dos 19 terroristas suicidas que promoveram os ataques contra os EUA em 11 de setembro de 2001, 15 eram sauditas.



Com a extensa folha corrida de atentados terroristas acima mencionados, é fácil identificar que países poderão ser os alvos das próximas operações americanas para a implantação de uma “democracia de cruzeiro” – ameaça feita regularmente pelos Estados Unidos, que afirmaram que a luta contra o terrorismo não acabou com os ataques ao Afeganistão e ao Iraque. Apostas já estão sendo feitas. Faça a sua.



Veja os verbetes “Afegãos”, Al-Qaeda, Hizbollah, IMB, Movimento Islâmico Armado, PIO e muitos outros em “Arquivos ‘I’ – uma história da intolerância”, de minha autoria, já disponível em Usina de Letras, link “Artigos”.





(*) O autor viveu 2 anos no Egito e escreveu “Egito – uma viagem ao berço de nossa civilização”, Thesaurus, Brasília, 1995.





Bibliografia consultada:



BODANSKY, Yossef. “BIN LADEN – O Homem que Declarou Guerra à América”. Prestígio Editorial (Ediouro), Rio de Janeiro e São Paulo, 2002 (2ª Edição).











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