A menina se foi
Por Rodrigo Contrera
Trabalhou como recepcionista, se muito, uns 20 dias. Sorria, tentava fazer o máximo, não conseguia. As ligações se avolumavam, "ligação externa", e o pessoal reclamava. Hoje, a nova tentativa chama-se Aline. A menina chamava-se Carina. Foi-se. Não deixou qualquer rastro. Juro que não deixou.
O tempo endurece a gente. O desaparecimento de meninas endurece muito mais.
& 8354; Rodrigo Contrera, 2004. |