Desde menina tudo fizeram pra podar meu corpo e minha alma.
A mulher, quando eu tinha 15, 20, 30,40, anos, nada sabia e tudo desejava.
O tempo foi passando e tudo que poderia fazer por mim, nada fiz! Não tinha tempo pra fazer, teria que responder metas pra sobreviver e doar- me ao outro, era prioridade. Um dia cansei e chutei o balde!
O que hoje entendo é que tentou a vida podar o meu ser, desde que nasci Mulher, e tudo que fiz desde então foi não permitir. Se agora sou o que sou, devo a mim mesma, a minha rebeldia, ser diferencial, fugir do conformismo da mulher, em anular-se . Não me permite submissão de espécie alguma da sociedade. Não tive que ser padrão de mulher na sua época ou idade! Fui e Sou quem Sou, conquistado com autoconhecimento e voltada pra dentro de mim mesma, e não fora. A minha idade cronológica, não tem nada haver com certidão de nascimento, e sim com os ditames da minha alma. Não larguei o meu corpo ao abandono, ele sempre foi o templo da minha alma. Não podei a minha sexualidade, embora a trate com respeito e amor. Quando vivemos numa sociedade, em que a mulher aprendi a esquecer, sublimar trocar por Fé, trabalho, comida, bebida ou chocolate. Não me desculpo por nascer assim rebelde.
D.B Sabaarainha
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