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cronicas-->RESGATANDO-ME DE MIM -- 13/08/2001 - 00:30 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
RESGATANDO-ME DE MIM
J.B.Xavier

Tua alma era um oceano de mistérios... E eu soube tão pouco a teu respeito! E mesmo assim, tu me resgataste. De todas as formas que uma pessoa pode ser salva, tu me salvaste.
Salvaste-me quando te dispuseste a me ouvir, e com a paciência dos sábios, guardar silêncio diante de minhas dúvidas. Nunca tentaste me ensinar nada, e, no entanto, aprendi tanto! Teus silêncios me ensinaram mais que tudo! Tuas mãos amorosas em meus ombros, aos poucos reconstruiram os escombros em que estava transformado meu coração... e teu olhar paciente, ofertou-me calor... Como um cálido sol que aquece as manhãs frias de inverno, apaziguaste meu inferno interior, e, em pouco, as flores cresceram revigoradas por teu amor...Salvaste-me quando sorriste para minhas impaciências, quando viste a imprudência tomar conta de meu ser, e ainda assim, mostraste-me um novo amanhecer...E mesmo quando em mim a teimosia se instalava, ainda assim, tu me falavas de concordàncias, e encurtavas a distància entre mim e minha meta...Dizias: "nenhum caminho segue em linha reta". Deus, quanta verdade nestas palavras havia! Tu me salvaste, sim, de todas as maneiras. Tanto quanto alguém pode ser salvo. Passaste pela minha vida como um arco-íris, e te foste misteriosamente, tal como foi tua chegada. Mas me levaste por um trecho de tua estrada, e caminhei contigo até onde me foi possível. Ainda tenho latente as fraquezas comuns á humanidade, e, talvez, a maior delas, seja a falta de vontade. Mas aprendi com o tempo em que, segurando tua mão, avancei até onde jamais pensei ser possível, cruzei todos os meus medos interiores, iluminei minha càmara de horrores, e aprendi a conviver com as incertezas...Aprendi que estas, sim, são nossas únicas certezas...Mostraste-me a diferença entre sabedoria e conhecimento. E me mostraste, sempre de forma velada, que do segundo tenho tanto, e da primeira quase nada...Não faz muito, acreditei que tu te foste muito cedo, e resquícios de antigos medos novamente me assaltaram...Hoje compreendo que tu tinhas que partir, que eu precisava sentir e domar minhas próprias dores, vencer meus próprios cansaços, caminhar meus próprios passos...Salvaste-me quando me mostraste o inevitável, quando me fizeste ver que o instável é o início de todas as verdades...e que acima delas todas, está a minha verdade interior, aquilo em que acredito, e que construo com amor. E por teres me salvo de mim mesmo serás para sempre a lembrança que não se vai...e levarei teus sonhos para outros universos, tanto quanto me for possível, meu pai...

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