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Contos-->O Passageiro -- 30/11/2001 - 12:07 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A uma certa velocidade o ônibus se debatia entre os buracos do alsfalto mal cuidado daquela cidade. E naquele dia a tarde estava com o céu azul carmim, com nuvens escuras e um sol brando, onde as flores da beira da estrada quase muchas, curvadas a revelia do calor. De repente do nada, das cinzas da morte que suspiravam; soergueram, valsaram... Mesmo sem querer; quando o ônibus parou pra receber mais um passageiro.
Aquele senhor, magro alto,cabelos brancos,feito algodão, tinha aproximadamente Cinquenta e seis anos, a sua pele ressecada e suada, meio protegida pela camisa importada do regatão, alçava marcas de sofrimento e desilusão, carregando um saco esverdeadamente surrado, de ex-combatente, que continha um terçado, um martelo uma enchada e outros utensílios de construção, passou na roleta da condução. E quando alocou num canto as ferramentas e voltou pra pagar a tarifa, colocando a mão no bolso sentiu a falta do dinheiro, sentiu a aflição. Sem jeito confessou ao cobrador, que falou sem direção, sem educação...Disse tanta coisa em voz alta, que chamou a atenção, como se aquele pobre velho, que poderia ser o seu pai fosse um ladrão.
Todo os passageiros, menos o motorista, de óculos escuro e um chiclete na boca, concentrado que estava na modinha que tocava na rádio e na direção, olharam para trás. E se quer tiveram a disposição e a sensibilidade de pagar a tarifa ou de falar a favor daquele senhor.
No fim das contas, o velho envergonhado, baixou a cabeça e agradeceu ao cobrador por deixar prá lá, apesar do sermão.
Ao chegar em sua parada, aquele pobre velho quase já sem estima,ergue-se, puxou o cordão azul empoeirado, que fez diante do motorista ascender uma luz vermelha indicando que a parada fora solicitada. Paulatinamente o ônibus foi parando ia descendo os degraus, quando do nada o motorista falou:
- Vovô?!
Todos ficaram estarrecidos. Entreolharam-se como culpando-se de alguma falta cometida, ao mesmo que sentenciaram-se a nada terem a ver. por outro lado, o cobrador ficou sem entender.Principalmente, quando o velho virou-se pra identificar o seu interlocutor.
Segundo foram eternos anos, pois o velho franziu a testa, encolheu os olhos pra tentar identificar e depois começou a chorar... Abriu os braços cansados e disse:
- Meu neto dê cá um abraço!
Neto e Avô abraçaram-se.
Aquele aparente desconhecido estava desaparecido há muito tempo, já dado como morto.Dizia o motorista ao cobrador, que meio sem jeito sorria preso ao fato anterior.
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