O cumpadi coadim
Apanhou de manezim
Berrava feito um bode
Quando eu quebrei um pote
Nas costelas do bixim.
Dei tapa no pé da urêia
Deixei a pobi vremeia
Na boca dele dei soco
Ele ficou quase mouco
Cá boca cheia de inspim.
Arregacei o seu couro
O bicho virou um mouro
Eu fiz dele um bagaço
Quebrei-lhe o espinhaço
Enfiei lhe um aipim.
Dei-lhe um xute no buxo
Eu só vi o estrebuxo
O cabra doido babando
De medo tava cagando
Com medo de manezim.
Saiu sangue do ouvido
Coadim todo fudido
Não podia nem falá
Pedindo pra eu pará
Coitado do coadim.
Não tinha osso inteiro
Se arrastou pro galinheiro
Deixou dentes espalhados
O sangue todo talhado
Parecia um cupim.
A multidão que olhava
Me pedia, implorava
Para eu dele ter dó
Ele deitado no pó
Do jeito de mucuim.
Quando deixei coadim
Ele era uma pasta sangrenta
Do pé até o pau da venta
Era uma pustema só
Até o seu mocotó
Tava bem perto do fim.
Eu lhe dei essa pisa
Mode ele aprender
Que manezim sempre avisa
Donde ele vai bater
O homi passou três anos
Que nem podia me vê.