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Artigos-->Estúdios Disney : O Gigante Ferido -- 26/08/2001 - 20:45 (Ricardo Chacur) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Estúdios Disney: O Gigante Ferido

por Ricardo Chacur





Os desenhos e os filmes da Disney influenciaram gerações e tiveram uma enorme contribuição na animação e no cinema, pela ousadia na arte da inovação, tentando sempre superar os limites do tradicional na esfera cinematográfica.



No entanto, o que aconteceu no ano de 2001?



Super produções de milhões de dólares, como o filme Pearl Harbor e o desenho Atlantis - O Reino Perdido, colocaram a supremacia do grupo Disney em jogo, pelos seus desempenhos nas bilheterias.



Não significa que os filmes e os desenhos desse importante estúdio estejam ameaçados, mas isto é um sinal de que algo tem que mudar. Fazer alterações na filosofia da Disney seria suicídio, pois é uma empresa bem estruturada e vitoriosa. Estudar e observar os concorrentes facilitaria as vitórias em um futuro próximo.



Dream Works, empresa de Steven Spielberg e Cia, criaram uma animação irreverente e revolucionária com o filme Shrek, no qual o mocinho é um monstrengo feioso. Com um roteiro criativo, essa animação computadorizada foi responsável por prejudicar Atlantis, acabando com um recorde de bilheterias de animação da Disney, que já durava mais de uma década. O ponto forte de Shrek é mostrar os bastidores do mundo fantasioso dos contos de fadas. Príncipes, princesas, bruxas, anões, porcos e bichos falantes, personagens tão bem explorados pelos estúdios do Mickey Mouse, só que sem maquiagem, cínicos e politicamente incorretos, como qualquer adulto e criança do século vinte e um.



Filmes como ET e Shrek, apesar das diferenças, poderiam ter sido feitos pelos Estúdios Disney, porque nesses dois projetos existe uma criatividade e ousadia de tentar sempre surpreender o público, fatores que fizeram diferença no resultado final.



O filme Pearl Harbor tinha tudo para ser o Titanic do ano de 2001. Pelo menos, havia por trás uma linda embalagem. Ação, humor, romance, milhões de dólares em produção, e mesmo com tudo isso fizeram do filme um saco de pancadas para críticos de cinema no mundo inteiro. Sem dúvida nenhuma é um filme bem construído, com uma bela fotografia, cenografia impecável, efeitos especiais, incríveis explosões, atores bem posicionados nos seus devidos papéis, apesar de um roteiro bem elaborado, que utiliza todos os clichês de Hollywood. O maior problema do filme é a duração: cento e oitenta e três minutos.



Não é uma obra-prima, mas uma luxuosa "Sessão da Tarde" que vale o preço do ingresso. Todavia, alguns exageros prejudicaram o andamento, em uma história que abusa quando mostra o estilo de vida americano em todas as suas proporções. Existe também uma necessidade constante de mostrar detalhadamente um por um dos três mil americanos morrendo na invasão japonesa. Um exagero que comprometeu o produto final, e que refletiu no alto custo da obra.



Criatividade e ousadia não foram suficientes para resolver o problema.

Não existe fórmula para o sucesso. Existem sim, fatores que podem ajudar.



Surpreender e não subestimar o público é o primeiro degrau da escada, que os Estúdios Disney não deveriam esquecer. No passado , desenhos como a Pequena Sereia serviram de locomotiva para a criação de outras grandiosas produções como A Bela e a Fera, Aladdin, O Rei Leão, Toy Story e tantas outras que originaram milhares de produtos no melhor estilo marketing.



E tudo isto são exemplos de que o poder de fogo do "gigante ferido" pode superar qualquer obstáculo nessa guerra pela maior bilheteria.





Ricardo Chacur trabalha com produção de TV, escreve roteiros de quadrinhos e é um dos criadores do Cabeças Caninas .

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