Pois então, Cuba lança o usina num pântano de salivação como há muito não se lia. Que arrelia! Que lio! Os ânimos se acirram, as mentes se obnubilam, mas os dedos, como sempre, prestidigitam serelépidos. Anotem aí, o pau deve comer logo logo. Tudo muito compreensível, ou melhor, incompreensível como sempre. Só me causa espécie que Milene e Shirlei Purpurina façam ouvidos de mercador, permaneçam de boca chiusa, bico calado, sin un arriba que sea, a respeito daquela sangrenta ditadura que tanto incomoda os machos do site.
Por falar em Shirlei, os versos abaixo, de Edmar Guedes Corrêa, merecem uma análise mais alentada:
"Estava sentindo um vazio enorme/
E você o preencheu; /[...]"
É munta sustança! Mas vai acabar passando batido por esses seis ou sete pares de olhos de um usina que se afoga no horroroso pântano de salivação em que Cuba a lança. Ou seja, a literatura também padece sob a ditadura (juro, a rima não foi premeditada], ainda que tão tão tão à distância. É muita lama, gente! Quanta lamera! [Puxa, isso dá música!]
Pergunto: a terceira pessoa do singular do verbo incluir agora é "incluia"? Não quero melindrar os iniciados nem desacoroaçar os iniciantes, mas sob a influência dos nossos festejados autores a língua portuguesa tem mudado tanto! É quase impossível assimilar, na vertigem criativa, todas as novidades!
Vivendo e aprendendo, quem poderia imaginar que uma visita ao "museu Hernest Hemingway" [sic] fosse um santo remédio para cálculos renais?! Os QAs cumprem também esse importante papel: prestação de serviços à comunidade literária usineira.
Não custa repetir, para encerrar a visitinha, uma piada de papagaio que devo ter lido aqui mesmo no usina de letras .
Diz que o cara levantou puto de su puñetera vida e, ao passar pelo papagaio, ainda teve de amargar um gentil "Fiadaputa!", carro-chefe de uma relação mimosa entre um ser humano e seu verde-amarelo psitacídeo!"
Pois o cara não teve escrúpulos, pegou o papagaio de jeito e lá se foi o nosso boquirroto loro amargar um gulag, uma Sibéria, merecido exílio ao lado de um solitário frango congelado nas profundas de um freezer, para ver se mudava de opinião a respeito da progenitora do seu amo.
Bem, o cara foi pro banheiro, fez de um tudo, inclusive tirou o caldo dos anjos e fez um sonoro gargarejo com Malvona. Depois, lascou um gel, que é de lei, na cabeleira oxigenada revolta. Só faltava mesmo aquele nescafé da hora, para finalmente lançar-se na azáfama de mais um dia.
Enquanto a água fervia no microondas, sim, o cara era pós-moderno, um toc toc toc discreto na porta do freezer. Ah, sim, ele se lembrou do Loro! Coitado, já tinha penado o suficiente naquela Sibéria improvisada, onde um frango, bem, já não ia mais ter bico mesmo pra nada!
O loro voltou pro poleiro e aos poucos foi ganhando asas, ousando até abordar o dono agora já refeito com o primeiro gole do nescafé da hora com água microondulada:
"Bem, eu gostaria de pedir [pausa para uma explicação necessária: o loro é assíduo leitor dos QAs e, em tão prolixa convivência, acabou por assimilar uma fluência incomum nos de sua plumagem] desculpas pela indelicadeza de há pouco. Agora, só uma perguntita, o que que o frango falou, hem?"
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