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Cronicas-->DEJÁ VÚ -- 26/07/2001 - 18:25 (Maurilio Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DEJÁ VÚ(*)

Ao acompanhar, diariamente, essa avalanche de escàndalos que se abate sobre a nação, me vem à cabeça alguns fatos, que deixaram indignados a sociedade brasileira, tempos atrás. O presidente Francês, Charles De Gaulle, certa ocasião, disse que o Brasil não era um País sério. Isso aconteceu lá pelos anos 60, e a afirmativa causou um mal estar tremendo.O incêndio foi debelado, a custa de muito esforço diplomático. Em outro episódio, o nosso lendário Pelé afirmou que o povo brasileiro não sabia votar. A repercussão dessa declaração causou ao nosso Pelé, muito aborrecimento, e constrangimento também. Seus momentos de glória, como jogador ímpar, foram logo esquecidos. A mídia direcionou todos os holofotes à nefasta declaração.
Os anos foram passando, os escàndalos e maracutaias borbulhando, e custa a um cidadão consciente aceitar como absurdas tais proposições. Basta olharmos o nível dos políticos que aí estão, ou estavam no comando dos destinos da nação. As eleições se sucedem, e os mesmos personagens se perpetuam. O povo ainda vota no "fulano de tal" porque ele é um "gato", como foi o caso da vitória do Collor de Mello sobre o Lula.
Na época, assisti um comício do então candidato Fernandinho, e pude testemunhar um bando de mulheres histéricas puxando os cabelos e gritando: "Lindooo!!!... Lindoooo!!!... Fernandinho, você é um gato!"
Acho que o Lula perdeu no quesito beleza.
Enéas? Com aquela cara de cientista maluco? Sem chances.
Descobri que o Collor era um "gato", no dia em que o mesmo confiscou o meu dinheiro. Havia acabado de vender um Del Rey, para comprar um Monza usado, e vi toda a minha grana desaparecer, como num passe de mágica. Resultado:fiquei uns dois anos sem automóvel .
Foram então surgindo no cenário político uma série de personagens tragicómicos , aprontando as maiores trapalhadas. Criou-se uma verdadeira ponte aérea da corrupção. Os espertalhões roubam as nossas instituições, e se escondem no exterior, em contrapartida, os gatunos estrangeiros roubam lá fora, e vêm se esconder no Brasil, onde julgam encontrar as condições ideais para um anonimato impune. Ë um verdadeiro intercàmbio marginal.
Os filmes estrangeiros que contam histórias de grandes golpes , terminam na maioria das vezes com os vilões driblando as autoridades, e embarcando em um avião para o Brasil, onde uma vida de muita sombra e água fresca os espera. Porque será que ninguém após um roubo, ou desfalque , não pega um avião, e vai se esconder no Irã , na China ou no Paquistão?
O certo é que o paraíso é aqui! Segundo esses especialistas, o caminho das pedras já está bem demarcado. O camarada rouba o máximo que puder, com a certeza que só será descoberto depois que já estiver podre de rico. No Brasil, ninguém é descoberto no começo da tramóia. E depois de descoberto? Bem, depois de descoberto, o elemento tem de negar tudo , com todas as forças. O ideal é fazer um cursinho de teatro antes da casa cair. Negue tudo! Diga que acredita na justiça e que a verdade virá a tona! Se não for possível fazer essa encenação, basta dizer que só falará em juízo. Aguente firme o rojão, por cerca de uma semana, pois logo ,outro escàndalo maior irá tirar os holofotes da mídia de cima de sua imagem ,e você ingressará em um seleto clube : "O clube dos afortunados esquecidos". Você terá como amigos gente como os anões do orçamento, o João Alves ( aquele que ganhou na loteria mais de 300 vezes com a ajuda de Deus (???)) , o Luiz Estevão, o Juiz Lalau , o Sérgio Naya , o Cacciola , o Calmon de Sá , o Naji Nahas , o Genebaldo Corrêa e muitos outros que a sombra da impunidade está dando guarita. Do lado de fora do muro desse clube, está o cidadão comum, o grande povão, que depende de decisões políticas para continuar vivendo, com um mínimo de dignidade e um máximo de tolerància.

(*) Expressão francesa que significa : já visto , que não é novidade.

Maurilio Silva silmaster@yahoo.com.br



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