O de lisura perfeita
Que se faz e se aceita
Sem manha ou outra arte
Sem carência de pleita
É o nó essencial
Que se aperta e afinal
Segura parte por parte.
Quando alguém dele se enfarte
E pretenda o descarte
Da sua obrigação
Sem mais delonga ou à parte
Terá de abandonar
O que não quer confirmar
Até ao fim da junção.
Por aí, muito aldrabão
Que até nos aperta a mão
Sorridente e agradecido
Por desmedida ambição
Atraiçoa o combinado
E deixa tudo estragado
Entre escombros sem sentido.
O exemplo mais batido
Hoje em dia exibido
Com grande descaramento
É o acto descabido
De jurar pra toda a vida
Dois corpos de alma unida
No laço do casamento.
Se algo aprendi no tempo
Na pele do desalento
Logo após o meu divórcio
Direi que o sentimento
Que une vida a outra vida
Para ter boa saída
Não pode ser um negócio!