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Artigos-->O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei -- 29/12/2003 - 13:30 (Renato Rosatti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Chega ao fim uma das mais fantásticas sagas de fantasia com elementos de horror da história do cinema fantástico



O cinema fantástico tem sido povoado nos últimos anos por uma série de enormes sagas apresentando argumentos complexos que fizeram história no gênero, seja pela imensa popularidade obtida, ou pelas enormes franquias criadas com impressionante lucratividade, ou pelos fascinantes momentos de puro entretenimento com histórias povoando nosso imaginário com os mais variados mundos de fantasia. “Star Wars”, “Star Trek”, “Matrix”, “Harry Potter” e principalmente “O Senhor dos Anéis”, são exemplos de universos ficcionais extremamente ricos em detalhes e que com o auxílio da moderna tecnologia dos efeitos especiais, conseguiram levar para as telas do cinema suas propostas de diversão criando com realismo seus mundos alternativos.

O escritor sul africano J. R. R. Tolkien (1892 / 1973), autor da complexa obra literária “O Senhor dos Anéis” publicada em 1954, certamente não imaginaria que seu fascinante universo ficcional um dia fosse transformado com grande fidelidade e respeito em uma saga cinematográfica grandiosa e muito bem produzida cinquenta anos depois de seu lançamento. E esse feito tornou-se realidade graças ao cineasta neozelandês Peter Jackson, que dirigiu e escreveu o roteiro dos três filmes que juntos totalizam quase dez horas de entretenimento. A trilogia é composta por “A Sociedade do Anel” (2001), “As Duas Torres” (2002) e “O Retorno do Rei” (2003), sendo que este último entrou em cartaz nos cinemas brasileiros em 25/12/03.



A saga “O Senhor dos Anéis” é ambientada num mundo mitológico chamado de Terra-Média, povoado por uma infinidade de raças e criaturas. Numa antiga batalha entre o Bem e o Mal, este liderado por Sauron, o rei de Mordor, um poderoso anel foi criado no fogo da Montanha da Perdição e quem o usasse poderia controlar e subjugar todos os outros povos. No confronto, o Um Anel foi retirado de Sauron e perdido por muito tempo até que um hobbit, Bilbo Baggins (Ian Holm), o encontrou depois de passar pelas mãos de uma outra criatura estranha que um dia também foi um hobbit, chamada Sméagol / Gollum (Andy Serkis), apresentando uma dupla personalidade pela influência maléfica do anel. Muitos anos depois, Bilbo repassa o poderoso artefato para seu primo Frodo (Elijah Wood) que recebe então a missão de destruí-lo no mesmo local onde foi criado. Para isso, Frodo tem que rumar numa jornada perigosa até Mordor, tendo ao seu lado para ajudá-lo um grupo de guerreiros formado principalmente pelo humano Aragorn (Viggo Mortensen), herdeiro do trono de Gondor, o elfo Legolas (Orlando Bloom), o anão Gimli (John Rhys-Davies), o mago Gandalf (Ian McKellen), e por seu leal amigo hobbit Sam (Sean Astin), sempre ao seu lado.

Após uma série de eventos ocorridos nos dois primeiros filmes, a história do terceiro e último episódio da trilogia, “O Retorno do Rei”, inicia mostrando rapidamente como Sméagol / Gollum toma posse do Um Anel, encontrado no fundo de um lago, após um confronto mortal com seu amigo Deagol (Thomas Robins), já demonstrando as influências negativas exercidas pelo anel. Depois as ações se voltam para a jornada de Frodo, acompanhado de Sam e tendo como guia o traiçoeiro Sméagol / Gollum, rumo à sombria Mordor para destruir o anel no fogo da Montanha da Perdição, enfrentando uma série de perigos no caminho e tendo como ápice um confronto com Laracna, uma terrível aranha gigante.

Enquanto isso, Sauron está organizando um imenso exército de orcs e outras criaturas, entre enormes trolls e os alados Nazgûl, para atacar Minas Tirith no reino de Gondor, governado provisoriamente pelo insano Regente Denethor (John Noble), pai de Faramir (David Wenham), numa batalha sangrenta de proporções colossais nos Campos de Pelennor. Nessa guerra brutal, Gondor é ajudado pelos soldados do reino de Rohan, governado pelo Rei Théoden (Bernard Hill) e sua bela filha Éowyn (Miranda Otto), além também de contar com a bravura de Aragorn, Legolas e Gimli que convocam o imenso Exército dos Mortos, liderado pelo Rei dos Mortos (Paul Norell), e com uma participação decisiva para os rumos do confronto.

Após a batalha nos Campos de Pelennor, os exércitos restantes de homens, liderados por Aragorn, se dirigem para os imensos Portões Negros de Mordor, guardados por um batalhão de milhares de orcs, enquanto Frodo e Sam tentam destruir o Um Anel nas entranhas da Montanha da Perdição, culminando num decisivo e final confronto contra as forças maléficas de Sauron.



“O Retorno do Rei” mantém o mesmo alto nível de qualidade dos dois filmes anteriores, destacando-se também pelas belíssimas paisagens da Nova Zelândia e pelas violentas cenas de batalhas. Assim como a guerra no Abismo de Helm em “As Duas Torres”, o confronto dos orcs contra o reino de Gondor nos Campos de Pelennor nesse terceiro episódio foi certamente o ápice das três horas e vinte minutos de filme. Essa cena, juntamente com a já citada batalha no Abismo de Helm, mais a invasão dos insetos alienígenas contra os humanos encurralados no Forte Whiskey em “Tropas Estelares” (97), e o massacre dos soldados aliados na abertura de “O Resgate do Soldado Ryan” (98), ao desembarcarem numa praia na costa da Normandia durante a Segunda Guerra Mundial, podem ser consideradas com as mais bem filmadas e produzidas sequências de guerra no cinema, em exemplos de grande realismo do que mais próximo seria o horror de um campo de batalha.

O que a saga “O Senhor dos Anéis” tem de mais fascinante em todo o seu complexo universo ficcional são as criaturas bizarras que representam os sombrios elementos de horror presentes na história, como os orcs, seres criados especialmente para a guerra; sem contar os terríveis monstros alados Nazgûl, cavalgados por seres não menos temíveis; os demônios balrogs; o pântano dos mortos; os enormes trolls e olifantes; o Exército dos Mortos (que para se livrarem de uma maldição antiga, lutaram a favor do reino de Gondor); a mortal aranha gigante Laracna; e outras criaturas mais.

Mesmo o filme merecendo cinco estrelas em sua avaliação, algumas situações não agradaram plenamente como o fato de o mago Saruman (Christopher Lee), derrotado no filme anterior em sua Torre de Isengard, não ter aparecido nem numa pequena ponta (algumas informações revelam que ele aparecerá apenas na versão estendida do filme que deverá sair em DVD). Como fã do ator não pude esconder a decepção, apesar que para o filme sua ausência não trouxe nenhum problema. Uma outra sequência forçada demais foi quando o elfo Legolas consegue derrubar um imenso olifante na batalha do reino de Gondor, demonstrando algumas habilidades exageradas com resultados pouco convincentes. A forma como a bela Éowyn decepa facilmente a cabeça de um Nazgûl também é difícil de se aceitar, independente da fidelidade com o livro, principalmente depois que o líder dos Nasgûl ainda diz para ela como um alerta com sua voz gutural, no momento em que a mulher tentava defender seu pai ferido, o Rei Théoden: “Nunca fique entre um Nasgûl e sua presa”. E ainda tiveram também muitas outras cenas carregadas de um sentimentalismo que contrasta demais com a violência das batalhas e o próprio clima sombrio que envolve toda a Terra-Média em guerra. Mas tudo isso é compreensível uma vez considerando-se o filme com o necessário apelo comercial e popular.

Analisando os três filmes dessa fantástica saga cinematográfica, fica muito difícil escolher qual é o melhor, pois toda a trilogia possui um nível de qualidade muito próximo. Como apreciador de horror e pela intensidade das violentas batalhas e participações de criaturas bizarras, minha escolha seria “O Retorno do Rei”, seguido de “As Duas Torres” e “A Sociedade do Anel”.

Curiosamente, a saga escrita por J. R. R. Tolkien teve anteriormente duas outras adaptações em filmes de animação. A primeira foi com “The Hobbit” em 1977, e depois no ano seguinte foi lançado “The Lord of the Rings”. E agora com a trilogia de Peter Jackson, a obra de Tolkien está definitivamente adaptada para o cinema, e para ser apreciada eternamente.

O diretor, roteirista e produtor Peter Jackson nasceu na Nova Zelândia em 31/10/1961 e antes de “O Senhor dos Anéis” ele já era cultuado por seus filmes de horror como “Bad Taste” (87), “Fome Animal” (92) e “Os Espíritos” (96). Seu próximo projeto grandioso já foi anunciado com previsão de lançamento em 2005. Trata-se de uma nova versão para “King Kong”, o famoso macaco gigante que anteriormente foi tema de um filme clássico em preto e branco produzido em 1933, e que teve uma refilmagem inferior em 1976 com uma desnecessária continuação dez anos depois, ambas dirigidas por John Guillermin.



O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (The Lord of the Rings: The Return of the King, EUA / Nova Zelândia, 2003). 201 minutos, Warner / New Line. Direção de Peter Jackson. Roteiro de Peter Jackson, Frances Walsh e Philippa Boyens, baseado na obra literária homônima de J. R. R. Tolkien. Produção de Peter Jackson, Barrie M. Osborne, Frances Walsh, Rick Porras e Jamie Selkirk. Produção Executiva de Michael Lynne, Mark Ordesky, Robert Shaye, Bob Weinstein e Harvey Weinstein. Música de Howard Shore. Fotografia de Andrew Lesnie. Edição de Annie Collins e Jamie Selkirk. Desenho de Produção de Grant Major. Direção de Arte de Joe Bleakley, Simon Bright, Dan Hennah, Philip Ivey e Christian Rivers. Elenco: Elijah Wood (Frodo Baggins), Andy Serkis (Sméagol / Gollum), Billy Boyd (Pippin), Dominic Monaghan (Merry), Sean Astin (Sam), Viggo Mortensen (Aragorn), Orlando Bloom (Legolas), John Rhys-Davies (Gimli), Ian McKellen (Gandalf), Liv Tyler (Arwen), Cate Blanchett (Galadriel), Miranda Otto (Éowyn), Bernard Hill (Rei Théoden), John Noble (Denethor), David Wenham (Faramir), Ian Holm (Bilbo Baggins), Hugo Weaving (Elrond), Karl Urban (Eomer), Thomas Robins (Deagol), Paul Norell (Rei dos Mortos).
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