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Artigos-->A TORRE DE BABEL -- 27/12/2003 - 17:49 (ANTICRISTO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O homem primitivo sempre tentou dar explicação do inexplicável através de lendas. Por não entender que a falta de comunicação entre os povos os distancia também no modo de falar, criaram a “Torre de Babel”.



“Ora, toda a terra tinha uma só língua e um só idioma. E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram. Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa. Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra” (Gênesis, 11: 1-9).



“Pense no nosso mundo atual, cheio de dicionários, gramáticas, meios de telecomunicação, a grande maioria da população podendo deixar suas palavras gravadas de várias formas para os que estão distantes e para os que ainda não existem mas irão vê-las e ouvi-las no futuro. Imagine o fato de não podermos, de posse de todos esses meios, sequer controlar a nossa própria língua por um século, período tão curto. Passam algumas décadas, os doutores da língua fazem reforma ortográfica, os dicionários passam a registrar novas variantes de palavras existentes, algumas antigas vão caindo em desuso, considerando-se arcaicas, e, assim, só nos restam os registros de como nossos ancestrais falavam; nós temos sempre uma nova língua.



Considere agora o mundo anterior à escrita, sem os meios telecomunicativos de que dispomos. Duas famílias separadas por algumas dezenas de quilômetros jamais se comunicavam, não tinham qualquer noção do que se passava fora do meio em que viviam. Impossível era saber alguém como falaram seus ancestrais. Cada um aprendia o que ouvia e ia se esquecendo do passado, uma vez que não havia registros para se consultarem. Não obstante o número de palavras de uma língua fosse muito menor do que hoje, a mudança era muito mais célere do que hodiernamente. Se, após a invenção da escrita, desde a mais rudimentar até os alfabetos atualmente existentes, vemos variações das línguas, não se pode conceber a hipótese de uma uniformidade idiomática antes, coisa completamente ilógica” (João de Freitas, A TORRE DE BABEL E A MULTIPLICAÇÃO DAS LÍNGUAS).



Como muitas outras criações primevas que até aos religiosos parecem ridículas hoje, a Torre de Babel é uma tentativa de responder a uma pergunta que parecia um grande mistério a um povo primitivo: “por que falamos línguas distintas?”. Mas hoje sabemos que diversificação das línguas foi um fenômeno bem normal, impossível de se impedir, em vez de uma obra de deuses, esses seres imaginários que ainda permanecem vivos nas cabeças de muitos humanos.



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