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Artigos-->POR QUE SE CELEBRA O NATAL EM 25 DE DEZEMBRO -- 24/12/2003 - 08:32 (ANTICRISTO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Nada indica que Jesus tenha nascido em 25 de dezembro e nunca se pode definir essa data, porque os cristãos primitivos não tinha essa celebração, e os que a criaram, sem ter qualquer informação sobre o dia em que ele nascera, substituíram a comemoração do nascimento do sol, no solstício meridional, pelos festejos do nascimento do fundador da maior religião do mundo. Afirma-se também que esse dia era de comemoração do aniversário do deus persa Mitra. Há até cristãos que não comemoram o Natal.



“Sobre o nascimento de Jesus sabemos muito pouco. Ele nasceu antes da morte de Herodes Magno (Mt 2.1; Lc 1.5), que faleceu na primavera de 750 da era romana, quer dizer: no ano 4 antes de Cristo. Conforme estudos o ano mais provável do nascimento de Jesus é 7 ou 6 antes da era cristã.



As primeiras comunidades cristãs não comemoravam o nascimento de Jesus. Somente a partir do ano 350 o Natal começou a ser comemorado no dia 25 de dezembro. Em torno da escolha desta data há uma longa história.



Os Celtas, por exemplo, tratavam o Solstício do Inverno, em 25 de dezembro, como um momento extremamente importante em suas vidas. O inverso ia chegar, longas noites de frio, por vezes com poucos gêneros alimentícios e rações para si e para os animais, e não sabiam se ficariam vivos até a próxima estação. Faziam, então, um grande banquete de despedida no dia 25 de dezembro. Seguiam-se 12 dias de festas, terminando no dia 6 de Janeiro”.



Segundo Guilherme Lieven é pastor luterano na Paróquia ABCD,



“Em Roma, o Solstício do Inverno também era celebrado muitos séculos antes do nascimento de Jesus. Os Romanos o chamavam de Saturnálias (Férias de Inverno), em homenagem a Saturno, o Deus da Agricultura, que permitia o descanso da terra durante o inverno.



Em 274 o Imperador Aureliano proclamou o dia 25 de dezembro, como "Dies Natalis Invicti Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável). O Sol passou a ser venerado. Buscava-se o seu calor que ficava no espaço muito acima do frio do inverno na Terra. O início do inverno passou a ser festejado como o dia do Deus Sol.



A comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto. O Papa Júlio I decretou em 350 que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, substituindo a veneração ao Deus Sol pela adoração ao Salvador Jesus Cristo. O nascimento de Cristo passou a ser comemorado no Solstício do Inverno em substituição as festividades do Dia do Nascimento do Sol Inconquistável”.



“Se o ano não está correto, o dia exato do Natal é simplesmente desconhecido. ‘A data de 25 de dezembro só foi instituída por conveniência política”, afirma o astrônomo Othon Winter. ‘A Bíblica não diz em nenhum lugar quando nasceu o filho de Deus.’

Sem a dica da data certa, diversas regiões da Europa e do Oriente Médio escolheram dias diferentes para comemorar o Natal, embora mais tarde aderissem à orientação romana.



Assim, a festa era em 19 de novembro no Egito, 20 de maio pa Palestina e 6 de janeiro na Etiópia, onde continua em vigor.



Não se sabe o motivo dessas opções, a não ser no caso em que a data tornou-se mais popular, o 25 de dezembro: esse era o dia festejado pelos romanos como o aniversário do deus persa Mitra, que não tem nada a ver com o cristianismo, mas era muito popular naqueles tempos. Como Roma era a capital da cristandade e a cidade mais importante do mundo à época, sua data se impôs, prevalecendo até hoje. Vencida pelos fatos, a Igreja a adotou oficialmente em 440. ‘Em vez de combater o ritual pagão, os bispos o incorporaram’, conta o historiador Edgar Leite, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Aliás, o próprio Novo Testamento parece indicar que a data de 25 de dezembro está errada. O Evangelho de Lucas afirma que Jesus é seis meses mais novo que João Batista, que diversos registros indicam ter nascido em 27 de março. Nesse caso, o verdadeiro Natal cairia no final de setembro” (Superinteressante, dez/1999, pág. 33).



Há referência de que a celebração do Natal começou com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para outro, o Zagmuk. Ritual semelhante, chamado de Sacae, era realizado pelos persas e babilônios. Mais tarde, através da Grécia, o costume foi absorvido pelos romanos no festival dedicado a Saturno (o Cronos grego, um Titã, filho da Terra e do Céu que surgiu do Caos). Ele era o deus da agricultura, e as saturnais eram celebradas entre 17 de dezembro e o início de janeiro, quando se comemorava a semeadura das safras. Saturno teria reinado durante a chamada Idade de Ouro romana e as saturnais coincidiam com o solstício do inverno no hemisfério norte, quando o Sol atinge o maior grau de afastamento angular do equador, no seu aparente movimento no céu, em 21 ou 23 de dezembro.



"Todos os negócios públicos eram, então, suspensos, as declarações de guerra e as execuções de criminosos adiadas, os amigos trocavam presentes e os escravos adquiriam liberdades momentâneas: era-lhes oferecida uma festa, na qual eles se sentavam à mesa, servidos por seus senhores. Isso se destinava a mostrar que, perante a natureza, todos os homens são iguais e que, no reinado de Saturno, os bens da terra eram comuns a todos", conta Thomas Bulfinch no seu O livro de ouro da mitologia, a idade da fábula, escrito no século XIX.



A New Schaff-herzog Enciclopedia of Religious Knowledge (Enciclopédia de onhecimentos religiosos) registra que atividades pagãs, como a Saturnália, estavam "profundamente arraigadas nos costumes populares para serem abandonadas pela influência cristã". Segundo a Enciclopédia Americana, edição 1944, "o costume cristão, em geral, era celebrar a morte de pessoas importantes, em vez do nascimento". Mesmo hoje, a Igreja Romana considera a morte e ressurreição os momentos determinantes de salvação da humanidade - o sacrifício do Cristo -, e não o natalício. Mas como o costume pagão de festejar o solstício era forte demais para ser debelado, as autoridades religiosas optaram por festejar o nascimento de Jesus. A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal cristão "oficial" foi celebrado no ano 336 d.C. pela Igreja ocidental, à época do imperador romano cristão Flávius Valérius Constantinus (274-337). Mas só depois do século V a Igreja oriental adotou a celebração. Os cristãos da Mesopotâmia acusavam os irmãos ocidentais de idolatria e de culto ao Sol, por aceitarem como cristã a festividade pagã. Sírios e armênios acreditavam que Jesus teria nascido em 6 de janeiro e que os romanos, idólatras e adoradores do Sol, anteciparam a festa para 25 de dezembro.



O que há de mais certo é que, em seus próprios dias, Jesus de Nazaré não despertou a atenção de quase ninguém, não ficando nada registrado sobre ele a não ser os escritos de seus apóstolos, uma vez que ele não foi o único a se arvorar como o messias predito por alguns profetas hebreus (Veja-se: “O PREDITO MESSIAS E O CRISTIANISMO”). A doutrina divulgada por seus seguidores ganhou força e foi adotada pelo Império Romano séculos depois, o que o tornou definitivamente o salvador do mundo, não como predito por Miquéias e Zacarias, mas através de um reino espiritual futuro, como crê boa parte da humanidade de hoje. Há hoje alguns cristãos, como as Testemunhas de Jeová e alguns adventistas dos sétimo dia, que não celebram o Natal, pelo fato de ele não ter sido uma criação dos cristãos primitivos, mas uma adaptação de festividade pagã, com reforço da incerteza a respeito da verdadeira data.



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