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Cartas-->Carta fechada a um certo Tom Capri -- 29/08/2011 - 16:32 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Recebi por e-mail o texto abaixo, de um certo Tom Capri.

Tom Capri tenta confundir os incautos, ao dizer que quem escreve sobre a podridão petralha faz “jornalismo de esgoto”. Ora, discorrer sobre a roubalheira que atinge, hoje, todos os órgãos públicos é apenas uma obrigação de todo bom jornalista. Somente os cooPTados com a maracutaia se calam a respeito e tentam denegrir quem se atreva a falar sobre a sujeira.

Com esse raciocínio torto, Tom Capri revela sua índole ainda mais torta: ele é a favor da roubalheira e da maracutaia que cada vez mais desgraça o Brasil, especialmente depois que Lulla, o maior mentiroso do País, jogou a ética no esgoto. Que coisa mais linda: Tom Capri se arvora em advogado de José "Daniel" Dirceu! O que estará ganhando com isso, ao ser o buldogue do quadrilheiro?

Lulla, Tom Capri, só não foi expulso da presidência porque toda a mídia está aparelhada pela petralhada. A OAB e a ABI foram rápidas em pedir o impeachment de Collor, mas se calaram covardemente frente ao Mensalão Petista, mil vezes mais corruPTo.

Tom Capri tem razão quando diz que o tal jornalismo de “direita”, aquele que denuncia a roubalheira, não é mais o 4º Poder da República. Isto só ocorreu porque vivemos literalmente dentro de um sistema sociopolítico fascista, que eu chamo de “fascismo gay”. Nada a ver bom os boiolas – embora haja fascistas entre as hostes pink também. Eu me refiro à cooPTação de todos os setores da sociedade em torno de um projeto sociopolítico, em que todos “alegremente” festejam as benesses e as bolsas recebidas do Poder Central, incluindo aí muitos empresários, que de repente se descobriram “socialistas”. Para saber o que significa “fascismo gay”, clique em http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=11538&cat=Ensaios&vinda=S

Brasília, 29 de agosto de 2011.

Félix Maier

 

***************

A democracia em debate. Participe.

 

 

Zé Dirceu, Veja e o

jornalismo de esgoto

 

 

Por Tom Capri

 

Acabo de ler que Zé Dirceu vai processar a revista Veja. Pra quê? Tantos anos de militância e não aprendeu ainda? A Veja é um dos baluartes do jornalismo de esgoto que se faz no Brasil: disputa a primazia nisso com a TV Globo, o Grupo Folha e o Estadão. Faria o australiano Rupert Murdoch corar de vergonha. Já morreu há muito tempo vítima do próprio veneno, não existe mais para quem é minimamente inteligente no País. A grande mídia brasileira caiu nas mãos da ala mais rasa e burra da direita. Essa ala é muito bem representada por pseudofilósofos como Luiz Felipe Pondé e Denis Lerrer Rosenfield, por pseudocientistas como Marcelo Gleiser e Fernando Reinach e por pseudotudo, como Diogo Mainardi, Arnaldo Jabor, Daniel Piza e zilhares de outros. Tanto a direita “inteligente” (minoria, mas que manda) quanto a esquerda “inteligente” (minoria que não apita tanto nem manda na esquerda) já perceberam que essa ala rasa e burra da direita, hoje conduzida pelos nossos principais órgãos de comunicação, sofre de esclerose múltipla e falência total dos comandos. Deixou de ser há muito o “quarto poder” e não apita mais nada. Em termos de credibilidade, é zero à esquerda. E vem tropeçando nas próprias pernas, com verdadeiros tiros no pé como essa medíocre e burra reportagem de capa da última Veja, outro exemplo clássico de jornalismo de esgoto. Esse estapafúrdio e primário jornalismo que se faz no País tentou durante vinte anos destruir Lula, por achar que o ex-proletário poderia se transformar num novo Fidel Castro e seria uma ameaça ao capital. E só conseguiu até agora alavancar as candidaturas dele, tamanho é o baixo nível de suas ações. Agora, com as mesmas baixarias --- que fariam qualquer 007 de boteco rir ---, tenta desestabilizar o Governo Dilma, mas só faz é fortalecer ainda mais a presidenta. Botar essa gente na Justiça é não só perda de tempo, como pura desnecessidade. Zé Dirceu, acorde: em vez de processar a Veja, torça para que aconteçam novos episódios como esse de Brasília. Quanto mais tivermos desse tipo, mais nossos órgãos de comunicação se expõem ao ridículo, como já vem ocorrendo há décadas. O desgaste tem vindo a galope, eu não conheço mais ninguém inteligente e preparado no País que acredite em Veja, TV Globo, Folha, Estadão... Se você processa Veja, vão dizer, de nooooovo, que está se insurgindo contra a democracia e a liberdade de imprensa, das quais tanto dependem nossos órgãos de comunicação para se perder em abusos infantilóides e primários como esse último da “revista”. Deixe que se afundem pelas próprias pernas, como já está ocorrendo. Aí vai, a seguir, texto recente meu, escrito e divulgado no final de julho, em que desnudo o que é esse risível jornalismo de esgoto que se faz hoje no Brasil.

 

Você encontra esse texto sobre jornalismo de esgoto também em meu site

www.virobscurus.com.br, no link

http://www.virobscurus.com.br/site/atualidades/democracia/murdoch-jornalismo-de-esgoto-e-aqui/

 

Murdoch: jornalismo

de esgoto é aqui

 

Por Tom Capri

 

Dedicado a Vital Battaglia, a Ricardo Kotscho e ao Estadão, que me ensinaram tudo o que sei de jornalismo.

 

Murdoch é o que há de mais baixo na mídia mundial, com seu execrável jornalismo de esgoto. Pratica cegamente o vil sensacionalismo, abastecido por grampos e delações (Fox, New York Post e News of the World etc.). E procura dissimular isto, escondendo-se num jornalismo “bem comportado”, e também de direita, praticado pelos “melhores” veículos do grupo (Times, por exemplo). Prova da esperteza do empresário, no dizer do articulista Sérgio Augusto. Mas os veículos brasileiros não ficam nem um pouco atrás de Murdoch e, por vezes, fazem um jornalismo até pior. Na verdade, é aqui no Brasil que está o autêntico jornalismo de esgoto, de Veja à TV Globo e do Estadão à Folha. A maioria de nossos jornalistas não passa de inconscientes e inconsequentes sacerdotes e comissários da ala mais rasa e burra da direita (portanto, da ala mais rasa e burra dos representantes do capital). Tal ala é responsável por esse azedume mal-cheiroso que é nosso jornalismo de esgoto, de Diogo Mainardi aos mais orgânicos e chinfrins, como Daniel Piza. Confira.

 

A grande diferença entre o espalhafato sujo que faz Murdoch e o que vemos no Brasil está no fato de que o magnata australiano ao menos financia os próprios grampos e delações, valendo-se deles para abastecer seus veículos. Bilionário, não tem vergonha de gastar nisso, o que é até mais profissional e honesto. Já no Brasil, ao contrário, nossos veículos se valem de grampos e delações “oficiais”, legais ou ilegais, financiados na maioria das vezes pelo bolso do contribuinte (vide o último episódio de tentativa de invasão do quarto de hotel de José Dirceu, perpetrado pela Veja).  

 

Nossos principais órgãos de comunicação não precisam se sujar nem tirar um tostão do caixa para arcar com os elevados custos de um grampo ou delação (como a delação premiada, por exemplo), pois geralmente têm fácil acesso a eles. E nunca se vexam em utilizá-los, numa afronta ao estado de direito, à ordem vigente e à democracia que esses mesmos veículos tanto defendem. Nas raras vezes em que são impedidos pela Justiça, reclamam que foram censurados, como faz de forma ridícula o Estadão.

 

O papel do jornalismo, nos dias de hoje --- e infelizmente nossa mídia não sabe disso ---, é defender, proteger e fiscalizar as instituições que garantem as ações e a “saudável” reprodução do capital, como o estado de direito, as leis, a democracia etc. Isto de tal maneira que a estrada para o avanço e a fácil acumulação do capital se veja livre de qualquer obstáculo. Enfim, para que a máquina do capital esteja sempre bem azeitada para a prática do roubo de força de trabalho, da qual depende e na qual se assenta o capitalismo. Os veículos precisam de total liberdade para exercer esse papel.

 

O jornalismo de esgoto vai na contramão dessa intenção, ao defender e proteger, de forma discriminatória e predatória, apenas alguns nichos do capital, voltando-se quase sempre contra sua força maior, que é o grande capital. Vai daí que esse tipo de jornalismo acaba por enfraquecer o próprio capital e também por minar de vez a já escassa credibilidade conquistada pela nossa grande mídia, justamente por ela sobreviver escorada nesse jornalismo de esgoto, que além de tudo é burrinho e muito mal feito. (O recente episódio de Veja no quarto de hotel de Zé Dirceu é exemplo clássico da pior combinação entre jornalismo de esgoto e total falta de preparo do jornalista nas investigações. Isto é, o veículo e o jornalista que fizeram isso são burrinhos e incompetentes.).

 

Foi exatamente o que vimos acontecer com bastante clareza quando da última eleição presidencial, apenas para ficarmos num único exemplo ocorrido no País (há zilhares deles). Nossos veículos de maior expressão --- sem exceção, campeões mundiais do jornalismo de esgoto, como Veja, TV Globo, Folha e Estadão --- há décadas disputam palmo a palmo o primeiro lugar no pódio do pior do jornalismo do Planeta. E até aqui não houve vencedor: às vezes, um passa à frente dos demais, mas, no cômputo geral, os quatro grandes empatam na disputa, dividindo o título. Por exemplo, ainda não se deram conta de que Lula e Dilma são seus maiores aliados e verdadeiras figuras de proa do establishment (ao contrário, os tomam por inimigos), e ainda assim continuam insistindo nas baixarias do jornalismo de esgoto para desestabilizá-los.

 

A revista Veja, uma das filhas diletas do Golpe de 64, que ela acobertou até não dar mais, sempre se valeu dos grampos e delações “oficiais”, ilegais ou não --- típicos do jornalismo de esgoto ---, na defesa de seus próprios interesses. Jamais deixou de fazer política partidária usando de meios escusos, o pior dos jornalismos de esgoto. Por exemplo, tentou desestabilizar todas as candidaturas à presidência, de Lula e Dilma, com denúncias no mais das vezes sem provas conclusivas e muito menos contundentes.

 

Veja esmerou-se, inutilmente, na tentativa de demonstrar, a seus leitores, que os governos de Lula foram os mais corruptos da história da República. Mas a acusação era tão descabida, que o tiro saiu pela culatra, e lá se foi por água abaixo a escassa credibilidade então conquistada pela revista. Veja apelou para picuinhas e baixarias, com falsas acusações e “achismos” infantis como esse recente de Zé Dirceu, até dar com os burros n’água e ser obrigada a engolir a vitória acachapante de Dilma nas urnas.

 

A campanha insidiosa foi um tiro no pé. Toda nossa “grande mídia” saiu dela bastante chamuscada, como a maior derrotada no pleito de 2010, provando que não apita mais nada e que deixou de ser o “quarto poder”. Defensora do estado de direito, da ordem vigente e da democracia, a revista Veja figura hoje entre os veículos que mais desrespeitam essas instituições, no Planeta.

 

Na TV Globo (e em todo o Grupo), o jornalismo de esgoto é bastante peculiar. A emissora principal (TV Globo) opera com imagens. E não se vexa em distorcê-las ou falseá-las, quando parte para o ataque. Apenas um exemplo, entre milhares de tantos outros, bastante similares: editou o debate entre Collor e Lula, nos anos de 1980, a ponto de fazer com que seu candidato (Collor) aparecesse aos eleitores como o vencedor, o que foi decisivo na derrota de Lula. A Globo é outra ferrenha defensora do estado de direito, da ordem vigente e da democracia, mas está entre os veículos que não param de desrespeitá-los, quando na defesa de seus próprios interesses.

 

A hipocrisia do jornalismo de esgoto da Folha causa espécie e grita. Por algumas vezes envolvido em escândalos de corrupção, o Grupo é até hoje dos que mais combatem a corrupção e a impunidade, na nossa “grande mídia”. Quando da ditadura militar --- que o Jornal também acobertou ---, a Folha ajudava a transportar presos políticos para as sessões de tortura, em seus veículos de entrega de jornal. Mas nunca perdeu a pose: vive se opondo a todas as formas de ditadura, é um dos mais combativos contra a corrupção e a impunidade e outro baluarte do estado de direito, da ordem vigente e da democracia. Só que nunca deixa de ser exemplo de jornalismo de esgoto.

 

Deixei o Estadão para o fim. Não só porque nele aprendi o que sei de jornalismo (14 anos de casa), graças principalmente a Vital Battaglia e a Ricardo Kotscho, mestres da reportagem, mas porque ainda é o melhor entre os veículos de nossa “grande mídia”. O que não diz muito, pois na verdade não passa do “menos ruim”.

 

Nunca deixou de praticar o jornalismo de esgoto, desde sua fundação, há mais de 130 anos, mas o fazia até há pouco tempo em muuuuito menor escala do que concorrentes como a Folha. Só que, desde a eleição de Collor, igualou-se aos demais, no jornalismo de esgoto, e também acabou se perdendo, embora seja o único que ainda tenha alguns lampejos de jornalismo autêntico, entre os veículos dos quatro grandes grupos.

 

Apesar de ter sido perseguido e sofrido intervenção durante a ditadura de Getúlio Vargas e ser outro baluarte da democracia, da ordem vigente e do estado de direito, o Estadão não hesitou em participar ativamente do Golpe de 64 e em acobertar a ditadura militar no seu início. Depois, teve méritos ao combater duramente a censura à imprensa, mas jamais conseguiu se livrar da pecha que ficou, de protagonista no golpe militar.

 

Nos anos de 1970, endividado em dólar em razão da construção da nova sede na Marginal do Tietê, o Estadão pediu socorro, ameaçado de quebrar, e valeu-se de uma “ajuda amiga” da ditadura militar. Ajuda que veio na forma de resoluções ministeriais que salvaram o jornal (conversão para moeda nacional da dívida em dólar, entre outras medidas), forma branca, mas não branda, da mesma corrupção que o jornal tanto combatera ao longo de sua história.

 

O socorro ao Estadão, inconstitucional, deixou-me indignado e revoltado na época, pois eu, então repórter de economia da casa, já trabalhava com sucesso para ajudar o jornal a se livrar do problema da dívida, e por vias legais (história para outro dia, para um livro, talvez). Quando soube da “ajuda” da ditadura militar, escrevi uma peça de teatro denunciando a ação (texto muito ruim, por sinal), sabendo que seria demitido, o que de fato acabou ocorrendo logo em seguida. Embora seja árduo defensor da democracia e da liberdade de imprensa, o Estadão sempre demite aqueles que escrevem, em suas páginas ou mesmo fora delas, artigos, matérias e reportagens com opiniões contrárias às do jornal.

 

Do governo Collor para cá, o Estadão rompeu de vez com os velhos ideais e passou a fazer abertamente política partidária em quase todas as suas páginas, opondo-se deliberadamente, por exemplo, às candidaturas e aos governos de Lula e Dilma. Visando a claramente desestabilizá-los. Houve um tempo, logo após o Ato Institucional nº 5, em que fazíamos jornalismo autêntico no Estadão, ainda que esporadicamente. Hoje, o jornal também está tomado pelo jornalismo de esgoto, pois está tomado pela ala mais rasa e burra da direita, hoje representada por pseudofilósofos, pseudocientistas, pseudotudo, de Denis Lerrer Rosenfield a Daniel Piza. Essa é a tônica. Em suma, não há mais nem sombra do jornalismo autêntico em nenhum lugar do Planeta, muito menos na “grande mídia” brasileira. Abraço a todos.

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