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Infantil-->Sim, o Natal sempre está chegando! -- 23/07/2001 - 18:17 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ouço, na TV, que os papais-noéis (é assim mesmo que se diz?) do mundo todo se reúnem amanhã em Copenhague, na Dinamarca, para debater problemas dessa categoria "profissional" (quem diria?!).

Imagino que terão problemas com arminhos, renas, trenós e etc. Que possam ter birra com esta ou aquela musiquinha natalina. Que se recusem a visitar determinados países, e sempre por razões eminentemente religiosas. Sim, o Natal é uma festa religiosa.

Mas uma idéia que eu sempre defendi, para desanuviar um pouco o Natal de seu elemento mais trágico, especialmente em países periféricos, estará, para minha grande e grata surpresa, também em pauta. Dizem que eles pretendem transferir para o Dia de Reis (o seis de janeiro) esse hábito (tão bonito!) da troca de presentes.

Imagino como a capital dinamarquesa não estará fabulosa (no sentido de fábula mesmo), com tantos velhinhos de barbas brancas e indumentárias vermelhas, com tantos trenós e renas estacionados. Mas onde? E me pergunto se terão tomado as devidas providências com relação, por exemplo, ao tráfego aéreo. Ainda não estamos no inverno e não há neve. Por isso, o céu da cidade estará coalhado de renas puxando seus trenós. Nos cartões de Natal, acho, é assim que eles se viram para encher de presentes os sapatinhos dos bons meninos e boas meninas dos mais perdidos rincões do planeta. Nos cartões e embalagens, é assim que eles aparecem, voando, soltos no ar gelado.

Mas, comemorando tão alvissareiro encontro (eu me pergunto se não vão ocorrer movimentações como em Seattle e, mais recente e sangrentamente, em Gênova), gostaria de transformar em quadrinha uma piada, convenhamos, bastante horrível. Humor nigérrimo, dirão alguns zelosos do politicamente correto. Mas nem por isso menos tragicamente verdadeiro, eu retrucaria impaciente. Ei-la:

"Não vai ter Papai Noel
no/na .........., como sempre,
pois criança que não come
também não ganha presente."

A piada, como a ouvi, falava do nordeste (brasileiro). Mas já vai longe o tempo em que os nossos problemas sociais mais desafiantes se localizam naquela retórica região do planeta. Todo mundo vai se lembrar como a "seca", o atraso, a miséria e tantos outros flagelos antigamente ficavam lá longe. Falo do ponto de vista de um privilegiado habitante da região centro-oeste do Estado de São Paulo. Falo diretamente da minha infância (feliz?) que os anos não trazem mais.

E ainda me vem à memória que, nos meus tempos de catecismo (católico), entre outras verdades doutrinárias, entre outros dogmas, aprendíamos que a miséria ficava na África. Até praticávamos benemerência, juntando centavos de não me lembro mais qual dinheiro (cruzeiros?), tendo nas mãos um cartãozinho a ser perfurado a cada contribuição recebida.

Por isso, optei por criar a primeira quadrinha interativa da história das letras nacionais. Na quadrinha acima, o leitor pode incluir o país, região ou localidade que bem entender, por menos que os bons velhinhos reunidos a partir de amanhã em Copenhague, na Dinamarca, possam deles ter notícia; por menos que os venham a levar em conta na hora de tomar suas caridosas natalinas decisões; por menos que esses rincões possam ser acessíveis ao tráfego das renas e seus trenós.
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