Neste martírio de vida conduzida na equivalência do nada, saber muito torna-me silencioso transeunte na passarela do abismo...
Saber pouco e até por pouco tempo, também, não simboliza não querer de perto tudo aquilo que os olhos margeiam na usurpação do conhecer.
Os pingos reticentes e eloqüentes podem indicar rumos, mas jamais confirmam, na assertiva declaratória, ser o caminho ideal.
Lesados os passos, restam os olhos para caminhar... sobejando.
O entrepasso do compasso que passa os passos na melódica valsa do desdém, reúne o tempo perdido da união do antes, do agora e do depois... E você é a indefinição precisa do meu tempo e fica num conceito preconceituoso, como se nada tivesse existido, corroborando nesta faceta que ouso narrar.
Sei muito pouco e a indagar dessa ausência que enfadonha o meu campanário sofrente, percebo o tanto e o quanto é salutar tamanha dor, pois a sua significância - que quase me finda - é a medida exata do meu desconhecer.
© Balsa Melo
11.07.01
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