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Poesias-->Poeta Razão de Ser -- 07/01/2002 - 09:14 (António Torre da Guia) |
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Versos póstumos em redondilha-maior
Arrumados em quatro sextilhas
Ao poeta-seta JOÃO DIAS
Para ressurreição espiritual
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Quanta medíocridade e inveja
Por satânica e desmedida ambição
Te espezinharam musa e lira
E lhes consporcaram o estro?!
POETA RAZÃO DE SER
oh poeta voz em gritos
no panteão dos malditos
tanto m inspiras Jesus
no seio dos fariseus
e dos ínvios ateus
que o mataram na cruz
oh poeta de Lisboa
palavra seta de proa
a rasgar a escuridão
por oceanos sem medo
à voragem do enredo
das vagas do mundo cão
oh poeta ovelha negra
amante da branca regra
de quem é e deixa ser
quantas feras no montado
te deixaram tresmalhado
no fôsso a desfalecer?
oh poeta hoje em paz
nesta memória onde estás
bebo eu o amargo fel
que tu bebeste João
para trazeres a razão
bem viva à flor da pele
Torre da Guia |
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