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Poesias-->Carente de Ternura. -- 06/01/2002 - 21:55 (Lucas Alencar) |
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Voz gelada
Eu sou uma merda assim tão grande?
Prefiro não pensar mais nisso.
Acho que o que me feriu mais
Foi essa voz,
Gelada
Imparcial
Condenando-me
Ao quê, exatamente?
Morre um pouco da ternura
Quem sabe amanhã nasce
Um pouco novamente...
Sempre nasce,
Sempre morre
As coisas na vida são assim
E os prédios cuspindo gente nova
Repetidas
Saco disso tudo
Saco de olhar pra pessoas
Ascenar
Pedir licença
Falar sobre coisas boas
Corretas
Retas
Uni-laterais
Nada disso me toca
E me sinto livre quando...
Quando não sinto isso
E como não sentir?
Fácil
Quando se está bem com o lado rosa
E meu lado rosa tá fudido
O lado rosa da mente
Doente
Carente de ternura
Do teu "Oi" feliz, pra mim
"oi" que não me condena
Pois eu sou falho
Eu erro
Erro muito
Pois a perfeição está nos discos-voadores
Aqueles, sabe
Lá de longe
Eles olham pra cá, riem dos prédios
Dos aviões, dos livros...
E meu sorriso, foi pra onde?
Tá aí com você
Tá aqui comigo, mas não tô achando
Acho que é melhor não escrever mais, por agora. |
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