Sigo, sigo... neste bordão, levo o coração amputado e preso por alças. Peça aos deuses que vez em quando liberte o lamento cardíaco para transmitir aos quatro cantos encantados, a beleza do encanto. Vibra com o olhar e tira o fólego insofismável dessa gente amável na carência exalada. Apazigua a existência das rasteiras que lhe acometem a crença e o torna vulnerável pelas palavras ardis do semelhante a lhe torturar. Bordão no cordão do acórdão não acordado entre as partes promíscuas que revelam entre si, interesses opostos. Repara ao espelho e vês que não há espaço a outra imagem que não seja a tua, pois dela és o dono e não há como imputar a causa a outrem sem que esse, assim o permita. Desfaz a papada da verdade surreal que te atormenta e aguenta as consequências, doravante exige todas as incumbências transmitidas e não renegues ao passado. Enquadra bem as verdades e meias verdades, assegurando-lhes a real existência. Acalma a língua que caluniam tua loucura e dá-lhes o sabor que lhes permita degustar da própria insanidade. Invade os castelos e deles retira todo o tipo de invasores credores ou não da dor. Fá-los assistentes do juízo, incumbindo-lhes de velar o sono dos que se recusam a acordar em meio ao barulho inexato dos sons. Permite-te ao passeio por onde a coragem é a exigência no universo lunático que é a prática da existência. E acena aos que recusam passear na insanidade saudável de viver a loucura, mulher adorada dos estudiosos que dela são reféns.