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| Artigos-->MOMENTOS -- 30/11/2003 - 00:56 (MARIA PETRONILHO) |
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HÁ MOMENTOS EM QUE OS SENTIDOS AÇAIMADOS NOS FAZEM SOFRER.
EM QUE O QUERER AUSENTE DÓI COMO QUEIMADURA.
HÁ MOMENTOS EM QUE A ALMA SE SOBREPÕE E É SÓ PUREZA... E UMA AGUDÍSSIMA
DOR NOS TOMA.
NÃO PODEMOS SILENCIÁ-LA. TEMOS DE SOFRÊ-LA. DE AGUENTÁ-LA DE DENTES CERRADOS,
COMO SE UMA FACA NOS ATRAVESSASSE DE LADO A LADO... OU UMA FLECHA COM UMA SETA
NA PONTA!
ESTAVAM APAIXONADOS OA ANTIGOS, QUANDO TIVERAM A IDEIA DE
REPRESENTAR A SETA COMO A ARMA DE CUPIDO (EROS).
SOFREM IRREMEDIÁVELMENTE, OS QUE AMAM.
E SE NÃO DOER ASSIM... VALERÁ A PENA AMAR?
AMAR EM PALAVRAS, EM DELICIOSAS
CARÍCIAS PASSAGEIRAS...
... VALERÁ A PENA?!
A GENTE EXPOR-SE A UM OLHAR OUTRO
QUE NÃO O NOSSO PRÓPRIO FAMILIAR OLHAR: EGOÍSTA E NARCISÍSTICO?!
SE LESTE ALGUMA COISA DE MIM, DO QUE ESCREVO À TOA E EM QUE ME EXPONHO, SABERÁS
QUE RIO MUITO MAS QUE BRINCO POUCO.
ASSUMO A MINHA QUALIDADE DE VIDRO.
NADA A FAZER!
SÓ TENHO UMA VIDA (OU O QUE RESTA DELA)!
OU A VIVO INTEIRA, OU... PARA QUE VIVER DE ANGÚSTIA DA BEM-AVENTURADA
PAZ PODRE DA VIDA, INSATISFEITA MAS ACONCHEGADA?!
CARREGO NO DORSO A DOR DO VENTO.
E O VENTO... NÃO TEM RAÍZ.
...NEM SOSSEGO.
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