A menina do sinal apressa-se. Esfrega a esponja, depois puxa a água com um pequeno rodo. Enxuga os vidros. A mão lhe estende uma moeda. — Deus lhe pague, seu Paulo — disse ela.
O sinal abre.
Motoristas arrancam os veículos, simultaneamente. Vaninni acena. Ravenala fica triste. Aquela menina deve ser da sua idade. Muitas crianças não estudam porque os mandarins guardam o dinheiro da Educação em seus bolsos rotos. Quebram limites e barreiras, vencem obstáculos, e burlam a Lei. Com asas negras sobrevoam, impunes, o abismo de seus crimes. Maquinam o mal e só o mal fazem ao semelhante.
"Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?... Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste? Oh tempos, oh costumes!"
Até quando, meu Deus! Até quando?...
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