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Cartas-->Ascensão e queda de um general quatro estrelas -- 11/05/2010 - 09:08 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ontem, no meu quartel general, como eu era respeitado! Todos faziam continências para mim! Hoje naquele mesmo quartel quem passa por mim nem me vê... Coronéis que ontem puxavam meu saco por uma comissão no exterior, hoje não estão nem aí... Passam por mim e nem me vêem. Só agora eu sei que minhas estrelas, o meu céu tão estrelado, eram coisas tão irreais, mas tão irreais como tão “reais” estão sendo esses meus primeiros dias na reserva... Hoje até um cabo manda mais que eu... Eu, que passava em revista à minha tropa tão orgulhosamente, vibrando aos sons do hino da minha querida infantaria (-- És a nobre infantaria/ Das armas a rainha/Por ti daria a vida minha/E a glória prometida/Nos campos de batalha/Está contigo/Ante o inimigo/Pelo fogo da metralha...) com todas minhas medalhas, minhas comendas, minhas estrelas; achando-me tão grande, tão alto, tão firme, tão forte, tão eu -- que imaginava que qualquer coisa muito boa estava para me acontecer... Quem sabe uma gorda diretoria na Petrobrás. Uma comissão na ONU... Mas que nada. Não fui previdente quando a prudência me recomendava precaução contra as adversidades futuras e incertezas da vida, e voltei a morar no meu pequeno “apertamento”... Dediquei-me demais aos serviços da pátria, e... esqueci de mim... Hoje nos hospitais, onde eu era sempre o primeiro, sempre o primeiro, sempre o primeiro agora entro naquela mesma vala comum. Quanta fila! Quanto desespero! Quantas madrugadas! Nunca, nunca mesmo, pensei que a coisa fosse tão ruim assim... Hoje até um “soldadinho” do SAME manda mais que eu... Que tombo, meu Deus!
(Somos feitos da mesma substância de que são feitos os sonhos... Hamlet...)

Coronel Maciel.


Fonte: http://www.reservaer.com.br/gblrnew/detalhes.php?pSerial=10788




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