Usina de Letras
Usina de Letras
94 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62236 )

Cartas ( 21334)

Contos (13264)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50634)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140808)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6191)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->1954 - São-miguelense -- 10/12/2017 - 11:29 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



1.954 – São-miguelense



Estive em São Miguel de sexta para sábado passado, quando fiz mais do mesmo, que é o que importa. Mais do mesmo é o que eu sempre quero fazer; não tenho intenção de inventar nada e ir a minha cidade é o que interessa. Não preciso de convite, nem de festa, nem de motivo, vou e pronto. Primeiro, claro, falar com São Miguel Arcanjo sentado quieto num dos bancos da Igreja e agradecendo, ou pedindo, pois não tenho receio nenhum de pedir por mim, pelos meus e por todos.

Isto posto e feito, uma andada pela Praça até o Robertinho, sempre uma esperança de um bom prêmio e depois uma passada na banca e a compra dos jornais – A Cidade, Agora e do Kalilo, às vezes. Compras nos Irmãos Silva e chegada à casa da Dona Cida, sorridente, com dores, reclamona e sempre alegre por nos ver. E aí, Mãe, tudo bem? Tô aqui cheia de coisas e pra que tanta coisa. Guardo tudo e peço pelos exemplares do Postal, dou uma folhada e guardo para ler depois, pela noite.

Nossa, como estava quente depois do almoço e eu com sono peguei a rede para uma soneca calorenta, não sem tentar ler os jornais. Consegui em parte até uma pergunta – Afinal, quem é você mesmo, são-miguelense?

Não respondi, cochilei até mais tarde e levantei com a pergunta e sem a resposta; ah, depois eu vejo com calma. À noite, completei a leitura de todos eles e li o texto “Mergulhando na Leitura”, com questionamento, paradoxo, essência e existência, ditames impostos, reflexões, status, alma e quietude. Muito interessante e eu já estava pronto para responder de mim, mas parece que a autora não quer saber nada de mim. Meu nome, minha profissão, onde moro e quem sou eu no meu status social. Quer saber de mim como pessoa.

Ela disse que a pergunta é cretina, mas não acho não e concordo com ela sobre a resposta não ser tão óbvia assim. “Afinal, quem é você mesmo, são-miguelense?”. Como responder não sei e estou escrevendo esta com o texto à frente. Do início dele, digo que não quero ser privilegiado em saber o que me diferencia, ou o que me assemelha, quero ser são-miguelense.

Gosto da palavra paradoxo e já disse – Quando você sabe, menos precisa provar, como ela diz na sua assertiva. E se eu não sei, eu preciso provar o quê, não é. Tem um aluno da Escolinha, da TV, que diz: - “Se sei digo que sei, se não sei, digo que não sei.”. Está parecendo eu agora, sem saber o que responder ao questionamento dela.

Não ousarei responder nada de mim do social, só tentarei dizer quem sou eu pessoa e quem sou eu pessoa? Pessoa de São Miguel sou aquele que encontrou a Verinha e trocou um dedo de prosa, quando ela foi acertar a assinatura com a minha mãe. Sou aquele que tomou um café e saiu andar pela cidade para rever o que já sabe e que sempre é bom de rever. Já sei da cidade, mas ela sempre é uma surpresa para mim, admiro os novos empreendimentos, as novas construções, moradia e comércio.

Fico com pena de alguns deles fechados, desfeitos os sonhos de quem tentou como pessoa alterar seu status social. Sempre acho que tem mais carros nas ruas, daí a quantidade de faróis de quatro tempos, lombadas e autoridades querendo mais. Passo pelo Nestor e tento me lembrar de que já fui aluno. Do Gomide, não me lembro mais, pois sou pessoa de idade, do cinema não tento e da Casa Paulista consegui me lembrar dos sapatos expostos.

Andei por mais de duas horas até minha sandália me machucar e sabem que fiquei de alma revigorada, já que ela está meio derrubada por eu ter encerrado minha empresa, como vocês já sabem. E a pergunta?

Neste domingo, dez de doze de dezessete, quero elogiar e parabenizar a autora do texto, Érika Castro, que me fez ficar com o assunto na cabeça até agora e minha resposta é que sou um simples e devotado são-miguelense. Só! Aproveitando para desejar Feliz Natal e Bom Ano Novo a todos, dizendo que volto em meados do novo Janeiro.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui