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Cartas-->As Forças Armadas não carecem de favores do governo! -- 13/04/2010 - 12:30 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As Forças Armadas não carecem de favores do governo!

Caros amigos

Há cerca de duas semanas, em solenidade de passagem de função, no QG do Exército, em Brasília, o Gen Ex Augusto Heleno lembrou aos presentes a passagem do 46º aniversário do movimento cívico-militar que ficou conhecido como a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964!

Nada mais justo, oportuno, preciso e elegante, haja vista a qualidade do discurso, amplamente difundido pela internet e por alguns órgãos da mídia nacional. Nada mais natural que um General, na chefia de um Departamento, fizesse uso da ocasião e da platéia para fazer justiça a uma atitude coletiva da Nação brasileira que, reagindo determinadamente em defesa da liberdade democrática, “salvou-se a si própria”. Nada mais nobre do que o reconhecimento da importância daquele evento, já quase cinqüentenário.

Interpretei a atitude do General como natural, óbvia e esperada. Afinal, a Revolução foi efetivamente democrática, cívica e preventiva e, graças a ela e a seus ideais, temos hoje, embora novamente ameaçadas, as liberdades essenciais do regime que os brasileiros escolheram para si e que devem preservar para o bem das futuras gerações.

Chamou-me a atenção, no entanto, a quantidade de mensagens e contatos telefônicos que recebi, de amigos e admiradores do Gen Heleno, manifestando receio de que ele sofresse algum tipo de “retaliação” como conseqüência de sua elogiável atitude.

Dei-me conta da extensão da ameaça e do dano causado pela tão bem engendrada e tão facilmente implantada hegemonia do pensamento. Estamos, nós também, militares e civis esclarecidos, impregnados pela idéia de que, mesmo conhecendo a verdade dos fatos ocorridos em 31 de março de 1964 e seus desdobramentos ao longo dos governos que lhe sucederam, devemos guardar reserva pessoal e institucional ao defendê-los!

A Revolução de 1964 é passado de orgulho para os militares! Só não é história porque o revisionismo hipócrita, mesquinho e mentiroso dos derrotados ainda não o permitiu! Não pode ser tabu porque é fato e verdade que salvou-nos da desgraça que ainda hoje escraviza o povo cubano e aterroriza a nação colombiana! Não foi intromissão indevida porque foi fruto da manifestação uníssona da Nação! Por que, então, não comemorá-la entusiástica e publicamente? Por que não enaltecer com veemência seus corajosos e determinados executores? Por que temer pela integridade moral dos que proclamam a verdade e denunciam a hipocrisia e a mentira?

É absurdo, de dentro da Caserna ou nas fileiras da Reserva, pensar-se em qualquer tipo de punição ou retaliação ao Gen Heleno, ou, até mesmo, em uma exoneração persecutória e de legalidade duvidosa como a que foi imposta ao Gen Santa Rosa!

Devemos, desde já e a qualquer momento, rechaçar, com todo o rigor e convicção, qualquer atitude que nos induza a cair na armadilha do pensamento único, ardilosamente montada pelos inimigos da democracia! Não temos nada a temer, a verdade está conosco, podemos e devemos prová-la, sempre, em todos os lugares e por todos os meios!

As Forças Armadas não são, nem nunca foram ou serão, intrusas na História do Brasil, foram criadas para servir à Pátria e este deve ser o foco de toda a energia das suas ações.

O aceno da implantação de uma necessária e já tardia Estratégia Nacional de Defesa não pode colocá-las na posição de reféns das convicções ideológicas deste ou de qualquer outro governo, muito menos obrigá-las a esconder seu passado, seus orgulhos e seus triunfos!

Deparei-me, muitas vezes nos últimos tempos, com a crença de que a harmonização e o não atrito ideológico seriam o melhor caminho para a obtenção dos recursos necessários para a habilitação ao cumprimento das missões constitucionais. Todos os brasileiros minimamente informados sabem que a realidade dos quartéis revela a iniquidade dessa premissa.

As Forças Armadas estão muito acima das políticas, estratégias e prioridades dos governos, são instrumentos e necessidades do Estado, e impõem-se pela missão e pela competência, não carecem de favores de governos, não dependem deles para “sobreviver”!

A Nação sabe a importância que têm seus Marinheiros, seus Soldados e seus Aviadores, reconhece seu valor, tem orgulho deles e sabe que neles, sim, pode confiar!

Viva a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964!

Vivam os homens e mulheres que a fizeram e aqueles que dela se orgulham!

General-de-Brigada Paulo Chagas



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