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Textos_Religiosos-->A razão e a fé -- 17/01/2009 - 19:33 (Pedro Wilson Carrano Albuquerque) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A razão e a fé

A fé apareceu juntamente com a razão. Ao procurar entender os fenômenos naturais e tudo o mais que passava ao seu redor, o homem, não encontrando as explicações procuradas, recorreu à idéia de que o universo era comandado por um ser superior que tinha poder ilimitado sobre tudo o que existia.

Com a filosofia e a evolução da ciência, houve manifestações que se conflitaram com alguns dogmas criados. Sócrates, Galileu e Darwin são exemplos de pessoas cujas idéias, hoje acolhidas sem contestação, foram rejeitadas por se chocarem contra as crenças predominantes nas épocas e nos lugares em que viviam.

As ponderações levantadas por filósofos, poetas, videntes e teólogos para a explicação dos mistérios que os desafiavam transformaram-se em conhecimentos intocáveis. Os que a elas se opunham sofriam perseguições por não se enquadrarem suas posições no padrão estabelecido. Isso, certamente, atrasou o desenvolvimento do homem em diversas áreas do conhecimento.

Daí a dificuldade encontrada por Galileu ao desejar propagar sua descoberta de que a Terra girava em torno do Sol, ou por Darwin na divulgação de sua Teoria da Evolução.

Quaisquer manifestações contrárias às idéias consagradas, por mais racionais que fossem, encontravam, em certas ocasiões, reações que, algumas vezes, ocorriam com a utilização de grande violência.

As caças às bruxas e outros tipos de perseguições levaram pessoas consideradas sábias e sensatas à defesa do uso da tortura ou da pena de morte para os infratores das regras estabelecidas no meio religioso, o que, certamente, inibiu o desenvolvimento da humanidade. Ainda hoje se vê, nos veículos de comunicação, crimes terríveis realizados em nome da fé.

A Igreja Católica Apostólica Romana, reiterando entendimentos registrados por Santo Agostinho e São Tomás de Aquino no mesmo sentido, emitiu, há pouco tempo, por intermédio de encíclica do Papa João Paulo II, o seu pensamento de que a razão e a fé não são contraditórias.

Essa é, hoje, a posição predominante, não só entre os cristãos, como também junto a outros religiosos e a renomados pensadores.

É verdade que determinados procedimentos ainda encontram oposição em determinadas religiões, como, por exemplo, a utilização de células de embriões para a recuperação de algumas deficiências físicas ou o uso de preservativos contra a expansão de doenças graves transmitidas sexualmente.

Lembro-me de mulher que disse ter parado de confessar seus pecados em igreja católica por entender que não podia comprometer-se com convicção, diante do sacerdote, a deixar de lado o uso de anticoncepcionais, porquanto não tinha condições de criar mais filhos do que os que Deus lhe dera.

Note-se que a razão - como vimos no caso de Galileu - alterou conhecimentos fixados com base na fé. E a fé, como na transformação de água em vinho por Cristo, modificou o que a razão pregava, ao permitir a transformação dos líquidos sem a utilização da uva como matéria-prima.

Da mesma forma, nada impede que isso ocorra atualmente. A Igreja Católica, para declarar a santidade de um fiel, exige milagres que têm de ser atestados, por médicos ou cientistas conceituados, como fatos que fogem do conhecimento racional dos homens.

Diante do exposto, verifica-se ser possível o equilíbrio entre a razão e a fé, entendido que esta última, por sua própria natureza, pode ir além da razão, e não contra ela.

Sabe-se que o conhecimento científico, produto da razão, melhora a vida das pessoas. Assim, foi ele que ofereceu ao homem o desenvolvimento científico que o levou a ver aumentada a sua expectativa de vida e a viver com mais conforto.

A fé, por seu lado, geralmente está vinculada à pregação da compaixão, do amor, do respeito ao próximo e da solidariedade, induzindo os fiéis, assim, à procura de um mundo melhor para si e para o próximo. E a justiça divina prevê castigos no outro mundo para os que agem mal, atuando, dessa forma, contra o crime, onde a justiça humana não consegue agir.


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