Bebida estimuladora do brasileiro a ponto de se comentar:Brasil sem café, povo sem pé.
Assim, nas estações nos rígidos das esferas, risos mal humorados, no girador das rodas de ferro ao som de Maria Fumaça: café com pão,bolacha não. Segue a partida ou chegada do povo sertanejo do caos ao sertão, nas noites de lua cheia a abrilhantar os destinos de um povo que carrega o sentimento de jamais desistir. Desistir, infinitivo que não faz parte do vocabulário do sertanejo que, com café segue em frente na lida da terra seca. Café, bebida que fortifica a esperança deixando os pés mais resistentes e os sonhos sempre à vista no destino do trabalhador.
Sou neto do anjo Gabriel, minha vó era operária da fábrica de tecido no Pilar, mas teve um namorico com o humanista Arthur Ramos. Acredito que uma perna do esperma surgiu o bastardo. Sou filho esperma do anjo Gabriel e escrevo na sarjeta povo e assim vivo meu destino, alternando com momentos na companhia do café. O vovó José acreditou mas índio disse opa! José homem tolo.