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Cronicas-->1947 - Narlir! -- 08/10/2017 - 13:37 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


1.947 – Narlir!

De quem você está falando? Não temos ninguém com esse nome, Naile? Ah ah, olha mais um de São Miguel do Arcanjo. Escute, aqui ele é o Narlir! E Narlir ficou pelos próximos dois anos e meio, embora para mim fosse sempre o Naile. O autor dessa chamada foi o Zé Ribeiro, logo no meu primeiro dia de trabalho na Eucatex, emprego arrumado pelo Naile, ou Narlir como ele era chamado pelos colegas dessa empresa.

Escrevi em dois mil e treze uma crônica sobre Anjos da Guarda e num parágrafo o citei: ¨Então, eles surgiram em forma de carona e depois em teto, com a seguinte fala - Fique aqui, amanhã você vai. Já noite, fiquei por obra do Eiso e depois fiquei mais, por obra do Naile. Este me arrumou emprego e me indicou vários rumos por um bom tempo, fora a paciência toda.¨. Mais anjo da guarda impossível e durante dezoito anos ele fez parte da minha vida e, creio, eu um pouco da dele.

Dezoito anos de muito contato e troca de ideias, uma amizade duradoura até o momento, que não sei bem porque nós nos afastamos. Estive com ele, recepcionando a turma da Eucatex em São Miguel, nem assim deixando de ser o Narlir, parece que esse pessoal implicava com o Naile. Saímos da empresa na mesma época, ele para um emprego, eu para outro e o Narlir virou Miguel, quando precisando lhe falar eu tinha que procurar o Miguel, mas o Naile continuava nas nossas conversas, já que ele me dava o maior apoio.

Estive com ele na Vila Sabrina, na Aclimação, no Sumaré, em São Miguel, nas estradas e nas caronas amigas nas nossas idas e vindas de São Paulo. Estive com ele em alguns dos seus empregos, pois eu conheci alguns dos seus colegas em algum almoço, ou evento que não me lembro, só lembro que ele me convidava, não esquecendo que nesses, ele era o Miguel.

Ele esteve no meu casamento, já que padrinho foi; esteve na festinha de meu noivado, cujas fotos executadas por ele estão aí a provar, depois esteve numa festinha de um ano, quando bebi um monte e ele ficou tirando sarro até algum tempo depois. Esteve em meus empregos, quando seus conselhos foram valorosos demais, esteve comigo na compra de meu primeiro carro, foi na concessionária Mari Auto, perto da Avenida da Consolação. Esteve na assinatura de alguns papéis e na minha saída com o Fusca Amarelo Imperial.

Estive com ele na primeira estadia de sua casa na Vila Caiçara, perto da praia e quando colocamos em ordem a bagunça dos pedreiros, só depois demos uma volta pelo Oceano Atlântico da Praia Grande e devemos ter tomado algumas cervejas sem dúvidas. Ele esteve comigo churrasqueando uma costela, quando montei um rancho em São Miguel, desfeito por eu querer ficar mais na casa da minha mãe, do que nele. Estive com ele diversas vezes na sua casa, montada em São Miguel para receber os amigos, o que ele sabia fazer muito bem, onde ele era o Nailinho de todos e o Naile para mim.

Dezoito anos de muito contato e troca de ideias, uma amizade duradoura até o momento, que não sei bem porque nós nos afastamos. E não estivemos mais, nem aqui, nem ali, nem buscamos explicações. Ele esteve, eu estive, estivemos afastados e só, não nos buscamos, não estivemos mais. Como explicar o que não há explicações, o que não houve. Por mim e nos meus pensamentos deve ter sido obra do destino, como foram os dezoito anos do nosso convívio e dos nossos contatos, dos nossos estive e esteve. Estivemos e não estivemos.

Em dois mil e dois, estivemos juntos num evento literário e trocamos abraços numa reconciliação tardia, ainda bem e vejam só o destino, continuamos a não nos estar, só que esses abraços relevaram algum agravo e tornaram mais forte os nossos dezoito anos de muito contato e troca de ideias, uma amizade duradoura até o momento, que não sei bem porque nós nos afastamos.

Neste domingo, oito de dez de dezessete, só me restam esses dezoito anos, que eu quero estimar muito e nunca esquecê-los, ele tendo sido o Miguel, o Nailinho, o Naile, o Neto e principalmente o Narlir!


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